MESTRE

O blog do Professor Reizinho

BEM-VINDO AO BLOG DO PROFESSOR REIZINHO

A realidade no meio escolar indica, porém, que muitos professores são mais instrutores e menos educadores e o mais grave: muitos são maus professores, capazes de cometer muitas atrocidades contra seus próprios alunos.
Diríamos que muitas escolas sofrem com o que poderíamos chamar de pedagogia da intolerância que se caracteriza pela intransigência e irracionalidade no exercício de ensinar.
No Brasil, as bases da pedagogia da intolerância estão assentadas no período colonial no qual foi marcado, por dois séculos, pela educação jesuíta. O intolerantismo e religião, historicamente, caminham juntos. Daí, falar-se, na Idade Média, em intolerância religiosa. Há professores que fazem do seu magistério uma religião cheia de doutrina e dogma, que transforma o espaço escolar em espaço de intolerância religiosa como estivessem vivendo em pleno medievalismo.
O bom professor não é um professor hábil na formação cognitiva dos alunos, mas em educação em valores. Nada impede que o bom professor seja exigente e rigoroso no cumprimento de suas obrigações de ensinar. O diferencial do bom professor é que, após anos de estudos e de formação acadêmica, alcançou alto grau de proficiência. Torna-se eficiente no ensinar, competente em fazer aprender e hábil na relação interpessoal. Os bons professores nunca perdem a ternura mesmo na hora de disciplinar por amor à pedagogia.
O mau professor, ao contrário, é, em geral, um professor intolerante que reproduz, muitas vezes, consciente ou inconsciente, um modelo pedagógico rígido, reflexo de uma pedagogia intransigente e irracional. O mau professor é um professor mal formado para o ambiente escolar. O professor intolerante é, em geral, implacável. O professor se torna austero na medida que, no ambiente escolar, se torna rígido, de caráter severo, capaz de ser duro em situações que deve ser tolerante como, por exemplo, nas correções das avaliações escolares ou decorrer de suas aulas expositivas. Os maus professores desconhecem que, mesmo nas aulas expositivas, há lugar para o perguntar e para o diálogo permanente.
O mais grave é que muitos professores e diretores de escolas, públicas e privadas, ainda não tomaram consciência de que a sociedade escolheu a escola para ministrar o ensino com base nos princípio do pluralismo de idéias, de concepções pedagógicas, de respeito à liberdade e, principalmente, de apreço à tolerância.




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