MESTRE

O blog do Professor Reizinho

BEM-VINDO AO BLOG DO PROFESSOR REIZINHO

Vou tentar escrever, o que penso, com palavras bem simples e de fácil entendimento alguns dos vários motivos que levam os estudantes nativos, falantes da Língua Portuguesa não gostarem ou não se saírem bem nessas disciplinas. Primeiro, vamos eliminar esse vocábulo disciplina, substituiremos por Componentes Curriculares, aliás, como já preconiza a resolução do MEC.
Assim como as avaliações, a matéria de Língua Portuguesa, evidencia nos dias atuais a objetividade nua e crua. Nem a avaliação nem a Língua Portuguesa podem ser encaradas somente com o viés objetivo. Os professores devem entender que não há erros da Língua Portuguesa, o que há são erros gramaticais na Língua Portuguesa.
Se uma determinada frase é proferida por um aluno, exemplo: “as pedras é bonita”. É comum os professores corrigirem dizendo que o sujeito da frase não concorda com o verbo e esse com adjetivo. Ou seja, eles vão dizer que houve um erro de Língua Portuguesa. Verdade, mas não concordo. Explico: ao se pensar ou agir assim, o que está sendo evidenciado é a gramática da Língua Portuguesa, deixando de lado a Língua Portuguesa materna na sua subjetividade. Ou seja, o professor precisa deixar claro para os alunos da 5ª série ou 6º ano em diante, que os mesmos precisam entender e compreender que a gramática comunga com a Língua, qualquer Língua. Explorar o entendimento dessa confusão entre Gramática e a Língua é a chave para melhorarmos essa aversão dos alunos à nossa Língua Portuguesa. O professor precisa, primeiramente, de forma separada agricultar a Língua Portuguesa, a Gramática da Língua portuguesa e depois explorar ambas de forma indissociável.
Na frase “as pedras é bonita”, qualquer educador sabe que o principal papel da Língua é a linguagem, ou seja, a referida frese faz seu papel de transmissão de uma ideia. A transmissão de uma ideia é feita com perfeição com qualquer erro gramatical. Os erros gramaticais não são erros de Português, ou de Língua Portuguesa. O erro de Língua Portuguesa só acontece quando um vocábulo inexistente é inserido na frase, como por exemplo: “as p{r}edas é bonita” veja que o vocábulo que se apresenta no lugar do substantivo, pedra, não existe na Língua Portuguesa, logo, dessa forma se evidencia o erro de Língua Portuguesa.
Quando me referir a subjetividade da língua, há um exemplo de frase comumente usada no Brasil que por si só se explica: “a gente vamos” . Quando qualquer um falante de Língua Portuguesa, nativo ou não, faz uso dessa frase, mostra de maneira clara a subjetividade da língua.
Ao proferir “a gente” é viva a ideia de coletivo, pelo falante. Ou seja, sempre quando usamos o “a gente” a utilizamos com ideia real de coletividade, logo o plural no verbo (ir), na 1ª pessoa (vamos) concordaria com o sujeito. A confusão se confirma com ideia de coletivo da palavra “a gente” com a regra gramatical da língua Portuguesa de sempre o verbo concordar com o sujeito. Esta confusão cessaria se explicássemos GRAMÁTICA, REGRAS e LÍNGUA PORTUGUESA e não a Língua Portuguesa como regras de gramática.
Assim, por essas e outras confusões no ensino de Lingua Portuguesa, fazem os nossos alunos dizerem não gostar ou não se sairem bem nas aulas de sua Língua Nativa, agregado ao fato dos nossos docentes priorizarem a gramática e as regras nelas existente como infinitamente relevante.

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