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O blog do Professor Reizinho

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As escolas e os professores ainda se confundem com os procedimentos de atribuição de notas, de escolha dos alunos com condições de serem promovidos para séries subseqüentes, com a aprovação ou reprovação do aluno, como constitui o foco central do processo de avaliação e, repetidamente, confundem-se na finalidade do próprio processo de ensino e aprendizagem. O que se percebe é que os educandos não discutem o que estão aprendendo, se estão aprendendo, o sentido do que estão aprendendo, mas que nota tiraram, em que disciplina estão com ou sem "média".
Ainda é frequentemente comum nas práticas ditas educativas, adotar a avaliação como somente instrumento de controle e adaptação de condutas educacionais e sociais dos alunos. Trabalha-se com os alunos em direção à adequação e submissão a padrões e expectativas definidas pela escola, os quais, no entanto, não levam em conta suas características enquanto grupo social. O conhecimento escolar é transmitido de forma desvinculada da cultura de origem dos alunos e a avaliação visa verificar somente o domínio desse saber, muitas vezes distante dos conhecimentos relativos aos setores populares da sociedade, convertendo-se desigualdades sociais em fracasso escolar, sob um discurso de que a todos são dadas iguais oportunidades educacionais, mas são os alunos que se comportam de maneira diversa.
De acordo com PELLEGRINI (2002), toda e qualquer avaliação pressupõe objetos e critérios. Freqüentemente, na escola, o único objeto avaliado é o aluno ou, às vezes, só a sua aprendizagem e, somente enquanto um produto. Porém, no processo de ensino e aprendizagem precisaríamos avaliar também outras questões, tais como: os seus objetivos, os conteúdos, as propostas de intercessões didáticas com seus materiais e recursos utilizados. Os critérios são o referencial da avaliação e devem traduzir a natureza da educação institucionalizada.
Concordo com LUCKESI (1998) quando ele diz que deve-se parar de confundir avaliação de aprendizagem com exames. A avaliação de aprendizagem, por ser avaliação, é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva, diferente dos exames, que não são amorosos, são excludentes, não são construtivos, mas classificatórios. A avaliação, segundo ele, traz para dentro, enquanto que os exames selecionam, excluem, marginalizam.

Por Ricardo Oliveira de Carvalho

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