MESTRE

O blog do Professor Reizinho

BEM-VINDO AO BLOG DO PROFESSOR REIZINHO

A indisciplina é um problema que aparece em muitas salas de aula. É preciso que o Professor observe dois fatores a respeito da indisciplina: em quais momentos ela ocorre e como essa indisciplina se configura. Analisando quando a indisciplina ocorre você observará em quais momentos a sala de aula fica tumultuada, é na hora das execução das tarefas no caderno? É na hora de copiar algo do quadro negro? É no momento de trabalho em grupo? Na hora da explicação de um conteúdo novo ? na hora da correção de exercícios? A indisciplina ocorre em forma de conversas em voz baixa? Em voz alta? Na forma de ofensas ? de desrespeito? Desobediência ? rebeldia? Provocações ? gracejos/ piadas fora de hora ? Saiba que a correção desse tipo de “ indisciplina “ poderá ser feita por meio da criação de procedimentos para o gerenciamento da sala de aula, no que concerne às normas, conseqüências, gerenciamento do tempo, execução de tarefas, etc. Se os alunos tivessem mais interesse em estudar: O eterno sonho de todo Professor é entrar na sala de aula e encontrar todos os alunos dispostos a estudar, todos interessados e motivados, ávidos por aprender. No entanto a realidade é totalmente oposta.
Na Universidade nos ensinam (ou tentam) estratégias, metodologias, filosofias de ensino, etc, porém, nada, ou quase nada é dito ou ensinado no que refere-se a fazer o aluno ter interesse, prazer, paixão por aprender. Encare da seguinte forma: se você tem fome é muito provável que você ficará todo tempo em busca do alimento para saciar a sua fome. Com o conhecimento também deveria ser assim. O fato é que a “ comida” que está sendo levada para a sala de aula e o “modo de prepará-la” não estão sendo nada atraentes em despertar a “ fome” nos alunos. Solução: aprender novas maneiras de preparar esse alimento e lançar mão de novas estratégias para fazer o aluno ficar “ faminto”. Se os pais valorizassem e apoiassem mais o trabalho do Professor: Seria o ambiente perfeito se os Pais participassem mais da vida escolar dos filhos, e que também valorizassem mais o trabalho que o Professor realiza. Não podemos entrar na casa do aluno e mudar a rotina familiar, porém, podemos mostrar aos Pais quais princípios defendemos e praticamos e então estaremos deixando claro a nossa medida de valor. Ao adotarmos uma postura onde defendemos e praticamos certos valores (generosidade, ética, respeito, justiça, excelência, etc) estaremos ensinando aos outros como desejamos ser tratados.
No entanto não devemos ficar frustrados se o mundo não nos tratar de maneira adequada. Afinal , quando temos valores e princípios somos regidos por eles e não pelos outros. O Professor deve ter a convicção dos valores e princípios que regem sua vida, para não ficarem frustrados e angustiados com a falta de valores das outras pessoas. Cada um tem a sua medida de valor, podemos escolher sermos medidos pelo o que os outros acham de nós, ou criar a nossa própria medida de valor. Claro que, sermos reconhecidos, valorizados e apoiados massageia o nosso ego e nos deixa com a sensação de dever cumprido, porém o que nos torna excepcionais ou medíocres são os nossos valores, ou a falta deles. Pense nisso !! Criar novos procedimentos para o efetivo Gerenciamento da Sala de Aula, bem como aprender novos jeitos de ensinar, está totalmente nas mãos do Professor. Lembre-se, você tem o poder para fazer isso.
por Roseli Brito

O ano começa e com ele novas expectativas de maiores realizações pessoais. O trabalho pedagógico também deve renovar-se e alcançar novos resultados. O instrumento que norteia todo o processo educativo é o Planejamento Escolar.

Entretanto, os bimestres passam e a mudança nos alunos em termos de caráter, amadurecimento, relacionamentos são muito poucas. A indisciplina é a mesma, falta motivação, interesse e comprometimento.

Mas, o que acontece realmente, que faz com que no finaldo ano, o sentimento de expectativa inicial tenha se transformado em frustração, e constatação de que o planejamento não " funcionou ".

A grande questão que faz com que boa parte dos planejamentos falhem, é que eles são muito centralizados em conteúdos, estratégias de ensino, dar conta do livro didático, avaliações, e por esta razão abrangem apenas 50% do processo de educar, pois ignoram outras questões fundamentais que precisam ser trazidas em pauta e que extrapolam a sala de aula.

Planejamento Escolar não é uma perda de tempo, também não é um documento que é feito uma vez por ano e guardado em uma gaveta, não é algo imutável que não deva ser ajustado ao longo do caminho, e também não é simplesmente copiar e colar os conteúdos do livro didático apenas distribuindo-os ao longo dos bimestres. Planejamos para alcançar algo, para criarmos alguma coisa, para atingirmos um objetivo.

É preciso um novo modelo de planejamento pedagógico, que priorize o desenvolvimento da pessoa, e não apenas do aluno. Desenvolver uma pessoa vai muito além dos livros didáticos, das provas, avaliações e lições de casa.

Aqui está o esboço de um Plano de Ação com dez itens para serem considerados no seu próximo planejamento:

RESULTADOS DO ANO ANTERIOR: analise os resultados do que deu certo e errado no ano anterior (levantamento de números e causas),
QUALIDADE DO APRENDIZADO: crie um sistema de avaliação que priorize a qualidade de aprendizado e não apenas a quantidade de conteúdo memorizado,
FAZER DIFERENTE: levante novas estratégias pedagógicas, adequadas aos modelos de aprendizagem dos seus alunos,
GERENCIAMENTO DA SALA DE AULA: crie procedimentos para o gerenciamento e gestão de sala de aula,
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: crie um sistema de resolução de conflitos (aluno x aluno), (aluno x professor), (professor x pais),
RELACIONAMENTO COM A FAMÍLIA: crie estratégias para encantar e se relacionar com as famílias dos alunos,
PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA: crie estratégias e atividades para a participação da família no ambiente escolar e fora dele,
HABILIDADES E NECESSIDADES: levante pontos fortes e fracos dos alunos, trace objetivos, crie intervenções e monitore semanalmente,
PORTFOLIO INDIVIDUAL: levante os modelos de aprendizagem dos seus alunos e trabalhe as inteligências,
PORTFOLIO DO PROFESSOR: levante seus pontos fortes e fracos e trace um plano para sua mudança pessoal, com metas, estratégias e tarefas a realizar.
Esses 10 itens compõem a parte dinâmica e viva do Planejamento Escolar, o verdadeiro Plano de Ação que conduzirá os alunos a um novo patamar de aprendizado, não apenas pedagógico, mas de vida, de auto estima, de relacionamento, de valores, de novas e maiores possibilidades.

Agora você já tem o esboço do grande Plano de Ação para começar o ano. Afinal, um ano só pode ser chamado de novo, se novas coisas forem feitas. Lembre-se, os resultados sempre são proporcionais ao esforço que fazemos. Você é a peça fundamental do Planejamento Escolar, com você ele ganhará vida, e o seu aluno conquistará asas
Por Roseli Brito

Em um dos textos postados aqui salientei a conexão que há entre a confusão do aluno e o efetivo gerenciamento da sala de aula. Uma outra forma que os professores podem reduzir a confusão do aluno está em “ ser específico “ com as orientações que der.

Por exemplo, há uma grande diferença entre estas duas orientações: -
- Darei alguns minutos para que vocês respondam estas questões
e
- Darei 3 minutos para que escrevam as respostas das questões 1 até a 5.

Você vê a diferença ? Reparou que estipulei um tempo preciso como limite para a conclusão da tarefa? Isto é muito importante. Por isso, sempre que você solicitar uma tarefa aos alunos, estabeleça o tempo exato que a mesma deve ser finalizada. Fazendo assim, além de gerenciar melhor a sala, você já está ensinando gerenciamento de tempo a todos eles.

Agora, claro, o próximo passo é fazer a checagem do entendimento das instruções que os alunos receberam. Assim, peça para que um diga, quanto tempo foi dado para responder as questões, peça a outro que repita quais questões foram solicitadas.

Se a tarefa será realizada em grupo, defina a quantidade de participantes por grupo e o sistema de seleção de cada participante. Uma maneira é distribuir fichas coloridas e todos que tiverem a mesma cor de ficha formarão um grupo. Desta forma controla quem estará no grupo de quem e evita os habituais tumultos quando esta questão é deixada para que os alunos resolvam.
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A sua última lição chegará nos próximos dias. Reservei o melhor para o final.

Diga-me uma coisa: seus alunos vivem procrastinando?
por Roseli Brito.

Um poderoso plano de aula deve conter estratégias efetivas que aumentem a participação dos alunos. Você tem de saber que, a participação dos alunos e o efetivo gerenciamento da sala estão diretamente ligados.

Quanto mais os alunos estiverem ativa e construtivamente participando da sua aula, menos problemas de indisciplina você terá.

Na verdade, o objetivo primeiro de um plano de aula é conseguir que 100% dos alunos participem da aula . Acha que isso é impossível ? Pois não é !!!

Existem muitas estratégias simples que você pode usar que aumentarão o número de alunos que participarão das suas aulas.

Atenção: Abro um parêntesis aqui apenas para lembrar que, a participação das alunos não se trata apenas de fazer com que os alunos levantem as mãos e perguntem algo. Esta é apenas um das formas de participação, por ser a mais convencional é amplamente utilizada por muitos professores.

Uma excelente maneira de aumentar a participação dos alunos é combinar duas estratégias de ensino muito simples que eu chamo de “registrar” e “compartilhar”.

Por exemplo, ao invés de perguntar e ter sempre os mesmos alunos levantando as mãos e dando a resposta, incremente com as duas estratégias acima dando a seguinte instrução: Farei uma pergunta e todos terão 3 minutos para escrever a resposta, após os 3 minutos darei mais 2 minutos para que, em pares vocês comparem e discutam com o seu par ou grupo as respostas.

Da forma convencional, apenas 10% participa, mas combinando estas duas estratégias você faz com que 100% da sala esteja participando de forma ativa na sua aula.

O professor está no controle ao gerenciar o ambiente da sala de aula mantendo todos os alunos envolvidos na tarefa, pois está limitando que ocorrências negativas venham a interromper a aula.
por Roseli

Vamos encarar a realidade: os alunos (e também os adultos) ficam frustrados quando não compreendem, ou não sabem o que vem a seguir. Assim, tanto para os alunos, como para os adultos, esta frustração acaba desembocando em problemas de disciplina.

Assim, é de suma importância que os professores saibam antecipar e evitar qualquer possibilidade de confusão “ antes” que os problemas apareçam. Lembre-se, o gerenciamento efetivo da sala de aula requer um professor que seja proativo.

Uma maneira de evitar a confusão do aluno é ser consistente. Sua aula, jamais deverá ser uma surpresa para os alunos. Por exemplo, tenha sempre definido a sequência, ou ordem da sua aula especificado logo no início para os alunos. O roteiro do que acontecerá na aula não deve ser um mistério para os seus alunos.

Você pode fazer isso, colocando no canto superior direito do quadro negro a seqüência de atividades que ocorrerão naquela aula, bem como o tempo para cada uma delas.

Informe também qual é o objetivo daquela lição, o que você espera que eles aprendam. Você não acha que seria uma boa idéia seus alunos também saber o que se espera deles ?

Uma outra estratégia de aprendizado muito simples que reduz consideravelmente a confusão dos alunos é checar o entendimento deles ao longo da aula. Simplesmente pergunte a um ou dois alunos (escolha aleatoriamente) para repetir o entendimento do que você acabou de ensinar. Você pode usar esta estratégia quer seja na hora da explicação de algo novo, nas orientações para um trabalho em grupo, ou até mesmo no estabelecimento dos combinados da sala.

Fazendo isso várias vezes ao longo da aula você constatará cada vez menos confusão dos alunos e por conseguinte menos problemas de gerenciamento da sala.

Roseli Brito

O Gerenciamento de Sala NÃO se trata de criar nenhum sistema de punição e recompensa. Ao invés disso, o efetivo gerenciamento da sala de aula é resguardar que todos os alunos estejam ativamente envolvidos nas tarefas. Deste modo o professor previne as questões que desestabilizam a gerenciamento da sala antes que elas ocorram....o professor torna-se proativo e deixa de ser reativo.

Entretanto, é difícil manter os alunos ativamente envolvidos se eles estão entediados ou desinteressados na aula. É por isso que o tédio dos alunos é um dos maiores fatores que contribuem para que questões que desestabilizam a sala de aula apareçam com freqüência.

É tarefa do professor é acender o interesse e aumentar a motivação para aprender. Como?

O melhor modo de fazer isso é criar uma conexão entre o que os alunos estão aprendendo e o que está acontecendo na vida deles.... em outras palavras, encontrar o ponto de convergência com o que é significativo para ELES.

Em História, Artes, Língua Portuguesa e Ciências é relativamente fácil fazer isso. Ao trabalhar, por exemplo, a mensagem dos `Hyppies” nos anos 70, sua roupas, seu gosto musical, peça aos alunos que façam uma lista do que hoje é considerado `rebelde`, após esta lista motive-os a compararem os modelos de expressão dos jovens nos anos 70 com os modelos que a juventude de hoje se utiliza.


A questão primordial é, se você conseguir que os alunos `queiram`aprender então tudo o mais torna-se muito fácil. Afinal quem tem o poder de criar um ambiente facilitador para o aprendizado é você.

Outro modo que os Professores podem aumentar a motivação para o aprendizado é utilizar perguntas que instiguem a reflexão e a crítica. Em ciências, por exemplo, ao levantar a questão da “ Gripe Suína “ que depois passou a ser chamada de gripe H1N1, instigar os alunos a refletirem o que a economia, os frigoríficos de carne suína tiveram a ver com isso.

Levantar dúvidas, instigar a reflexão, estimular o pensamento crítico acaba elevando a temperatura da discussão e faz com que os alunos se envolvam e queiram saber mais, e ao agir assim extrapolam o que está nos livros didáticos e partem para a vida real, o mundo em que vivem e passam a se apropriarem de conhecimentos que os afetam diretamente enquanto cidadãos.


Um terceiro modo de aumentar a motivação para aprender é a utilização de video. Ok, talvez pareça óbvio demais, porém muitos professores mostram o video no momento errado da lição….e sempre deixam o vídeo por último.

O video não deve ser deixado para o final, ou para o fechamento daquela lição. Ao invés de videos longos, utilize curtas, ou video clips no começo das lições para provocar os alunos e atiçar a curiosidade.

Aqui vai uma dica: você sabia que existe um site www.curtanaescola.com.br que oferece uma infinidade de curtas que podem ser assistidos no computador da escola, e podem ser usados em várias disciplinas ?

Então, vamos recapitular. As questões de gerenciamento da sala de aula estão diretamente ligadas ao tédio do aluno. Assim, o professor precisa aumentar a motivação dos alunos para aprender. Os professores podem lançar mão de três estratégias:
1. Criar conexões entre o conteúdo e os interesses dos
alunos
2. Usar o pensamento crítico e a reflexão para gerar
discussões
3. Usar o vídeo no início das lições para cativar o
interesse e a curiosidade.

Por Roseli Brito.




É muito mais fácil acusar que defender, como é mais fácil causar um ferimento que curá-lo." (Quintiliano)

A ética comum, a que deveria vir de fábrica em todos nós, ensina-nos que da vida do outro só sabe ele. Aproxima-se mais um Hall of Fame e é mais do que natural que os ânimos estejam exaltados; cada um, à sua medida, estabelece-se dentro do que acredita ser cabível. Cansei de ver no Brasil os donos da verdade dizerem algo acerca deste, daquele, desta ou daquela pessoa. Conhecendo de perto os ditos conhecidos de tais pessoas, vejo não ter nada à ver com as antigas afirmações. Penso, nada mais natural do que a vaidade humana em querer ser o centro das atenções, não é mesmo? Sempre aprendi que ainda que você conviva cem anos com uma determinada pessoa, esta poderá apresentar reações diferentes e inesperadas. O que faz alguém afirmar conhecer, prever e, além disso, determinar o rótulo que um deve ser vestido?

Os tempos atuais chegaram com toda a força de uma nova era carregada de suas idiossincrasias e preconceitos – nada diferente das eras antigas; apenas manipuladas em maior escala devido ao poder do verbo na internet. Cada um de nós tem o direito de provar deste harmônico dinamismo universal que se forma através de inúmeras pequenas passagens em nossas vidas. Parece que não, mas tudo caminha melhor quando estamos à mercê de nós mesmos e não dos demais. Um determinado famoso, pergunta-me: “você que é brasileiro, se eu te perguntar sobre uma pessoa você poderia me dizer?” Não obstante de tais reações, vejo em seus olhos determinada pitada de raiva e indignação.

Obviamente que eu conhecia a pessoa; contudo, sempre digo: se eu não posso ajudar, atrapalhar, jamais. Disse que já tinha tempo que estava fora do Brasil e que o país era muito grande. Vejo que tal pessoa, no Brasil, estava se esforçando em ser odiado além das fronteiras da nossa querida pátria. Em um raciocínio particular todos são necessários; cada um no seu tempo e ritmo, aos poucos, vai se libertando deste turbilhão de impulsos desordenados, atrapalhados, que visam apenas a usurpação profissional por meio da inveja e mal dizer. Já dizia Schottus que "A inveja é bastante justa, pois rói o invejoso."

Mesmo assim, a questão não diz respeito a mim; cada um é o que pensa e o que faz de suas atitudes. Se assim o é, uma vez que somos energia condensada e recheada de forças vitais, disciplinadas e compactas, cabe a nós sempre caminhar para frente, o que não diz respeito a desperdiçar energia com a vida alheia. Na linha que divide você do outro existe a realidade que todos nós projetamos através daquilo que somos e demonstramos ser: um limoeiro não pode produzir côco! Cada um o que é, e cada um dá o que tem! É aí que a transgressão nos ensina que as boas ações, a ética, e etc., produzem a contração automática em forma de reações alheias que geram repulsa e asco – palavras deste mestre famoso sobre tal brasileiro -, ao se depararem com energias contrárias.

A questão é: quem planta chuva colhe tempestade! Aquele que a todos ataca, repudiado pela vida, torna-se alvo dos que se sentem invadidos em sua privacidade. Não é só questão de lógica, mas de estar ciente das consequências.

"A consciência é muito bem educada. Deixa logo de falar com aqueles que não querem escutar o que ela tem a dizer." (Samuel Butler)
Por Jordan Augusto

Muitas vezes temos dificuldade em dizer não ou sim, supondo que isso poderá resultar num severo prejuízo, como por exemplo, a perda da amizade, do emprego, da admiração ou da simpatia. Quando é nossa insegurança a responsável pelas dificuldades em dizer não, devemos lembrar que se não confiamos em nós mesmos, nossa própria postura diante dos demais poderá demonstrar esse acanhamento de caráter.

E como deixamos transparecer aos outros nossos sentimentos tão íntimos? Isso se chama comunicação inter-pessoal. Uma pequena porcentagem de nossa comunicação com o próximo se deve ao discurso ou à palavra. A maior parte dessa comunicação se deve à maneira com a qual as palavras são ditas, se deve ao tom, timbre, freqüência e entonação da voz e, finalmente, à nossa mímica corporal. De um modo geral, acredita-se que apenas 7% de nossa comunicação se deve à compreensão das palavras, 13% dependem da voz (entonação, etc) e 80% da linguagem corporal. Seja pelas palavras, pelo tom de voz ou pela linguagem corporal, nossa falta de auto-confiança sempre será anunciada.

Outra questão importante é o fato das pessoas se sentirem muito ansiosas ao desconfiarem que os outros estão percebendo sua falta de segurança. Para esses casos, a sinceridade talvez seja a solução. Diferentemente do que foi dito acima, nestes casos alivia muito sermos francos o suficiente para confessar ao outro estarmos sentindo grande ansiedade neste momento. Isso demonstra, ao lado da confissão de nossa ansiedade, uma coragem compensatória ao termo liberdade em anunciar estarmos sim "nervosos". Esse aspecto de nossa personalidade pode nos fazer parecer altamente confiáveis aos demais.

Normalmente, o esforço para dissimular um "nervosismo" acaba por gerar grande tensão emocional, muitas vezes com repercussões físicas, tais como dores de cabeça, de estômago, na nuca, tontura, falta de ar, etc., e até sensação de desmaio nos casos mais sérios.

A insegurança também deve ser abordada por duas medidas principais. Tal como a auto-estima baixa, a insegurança deve ser abordada de forma comportamental e medicamentosamente. Comportamentalmente devemos pensar no desempenho de nosso papel social. Parecer que estamos com fome pode resultar mais em comida que estarmos com fome sem parecer, parecer que somos honestos rende mais crédito que sermos honestos sem parecer.

Os papéis sociais têm muito a ver com nossa linguagem corporal. A maneira como sentamos, como ficamos de pé, como olhamos as pessoas nos olhos, como somos generosos com sorrisos e atitudes amigáveis, enfim, como cuidamos de nossa empatia pessoal é fator decisivo para transmitir uma imagem segura de si e, conseqüentemente, nos sentirmos realmente seguros.

Ainda na questão comportamental, nosso discurso não deve conter frases tais como, "...não posso..., nunca vou conseguir..., não adianta..." Negatividade atrai negatividade, assim como positividade atrai positividade. Frases mais positivas, tais como "...tenho certeza de ... farei o possível...sou muito bom em..." ajudam a melhorar a segurança transmitida e, conseqüentemente, a sensação de segurança pessoal.

De um modo geral as coisas boas não costumam cair do céu em nossa cabeça, precisamos conquistá-las com algum esforço pessoal. A questão do pessimismo e do otimismo é mais ou menos assim. Temos que dedicar um certo esforço para pensar otimistamente. A pessoa otimista sente-se muito mais relaxada mental e fisi-camente. Com otimismo confiamos mais em nossa própria capacidade. Mesmo que as coisas nem sempre dêem certo só porque somos otimistas, pelo menos estará preservada nossa auto-estima.

Já vimos como sentir-se (e conseqüentemente agir) de modo negativo leva os outros a considerá-lo carente de auto--estima. Bem, felizmente o oposto é verdadeiro. Se você passa a impressão de uma pessoa confiante e otimista, os outros vão tratá-lo como tal. Em vez de um círculo vicioso, você criará um círculo benéfico.

Além de trabalhar os pensamentos e sentimentos, cuide para que sua aparência transpire auto-confiança; e você começará a confiar em si próprio cada vez mais. A primeira medida a adotar é uma linguagem corporal assertiva. A seguir preste atenção na al-tura e na entonação da voz.

Retirado em partes do http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=317&sec=35