MESTRE

O blog do Professor Reizinho

BEM-VINDO AO BLOG DO PROFESSOR REIZINHO

Os jovens gostam muito de estar em evidência, serem vistos, e de saber que são populares entre os amigos.

Enquanto que os alunos do Ensino Infantil e Fundamental I desejam ser acolhidos no sentido carinhoso da palavra ao serem ouvidos e considerados em suas necessidades, os jovens do Fundamental II e Ensino Médio vivem para preservar a auto-imagem no grupo.

Do Infantil ao Ensino Médio, apesar das características dos grupos serem bem distintas, há um dado em comum que não pode ser desconsiderado: o componente emocional. Ambos os grupos desejam ser aceitos, respeitados e valorizados.

Levar tudo isso em conta é de suma importância, pois é a base fundamental no relacionamento Professor x Aluno. E um dos fatores que contribui para comprometer o bom relacionamento é o fato de que muitos Professores se revestem de ira ao disciplinar o aluno e o momento da correção que deveria ser um momento de ensino e reparação torna-se um momento de vingança e retaliação.

Este comportamento de repreender em público acaba alimentando e reforçando o comportamento indisciplinado do aluno, que no sentido de defender a sua imagem perante o grupo, vai até as últimas conseqüências para afrontar o Professor.

Precisa disciplinar? Faça-o de maneira discreta e use de sabedoria. Disciplina eficaz é aquela que faz com que o aluno aprenda tendo que reparar os erros cometidos e não ouvindo um sermão público.

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Rosely Brito

O ano letivo começou, e então você já deve estar pensando, “ começa tudo de novo, e terei os mesmos problemas que tive no ano anterior”. Bem, se essa é a sua atual visão das coisas, quero lembrar que a definição de loucura é “fazer tudo do mesmo jeito e esperar que o resultado saia diferente”. Assim sendo, se você fizer exatamente o que fez no ano passado, certamente colherá os mesmos resultados ao longo deste novo ano.
Ocorreram problemas de indisciplina ? Baixo aprendizado ? Se a resposta foi SIM para uma das perguntas ou para ambas então você precisa repensar a sua prática atual ! E a melhor maneira de fazer isso é perguntar-se: “ como os meus alunos estão chegando ? quem são eles? O que eles já sabem? O que precisam aprender ? como eles poderão aprender melhor ? “.
Lembre-se que  o Planejamento não é sobre você ou suas necessidades. Quem dita o quê e o como,   são os alunos. São as necessidades DELES que precisam ser atendidas. Para isso é preciso investigar e encontrar as respostas para as perguntas que foram feitas anteriormente.
A ferramenta que você usará para responder à essas perguntas é realizando a Avaliação Diagnóstica. Não importa a matéria que você leciona, ou o grau de ensino. Quer seja no Infantil, Fundamental, Médio, Técnico ou EJA, a Avaliação Diagnóstica presta-se ao mesmo objetivo: diagnosticar, verificar e  levantar os pontos fracos e fortes do aluno em determinada área de conhecimento.
É importante frisar que, infelizmente, muitos Professores utilizam apenas prova escrita para a realização desta avaliação. Quando na verdade existem mil e uma maneiras de realizar este levantamento de forma que os resultados sejam mais verdadeiros que aqueles levantados em uma mera prova escrita.
Esta avaliação não se restringe apenas ao início do ano letivo, porém deve ser usada ao longo do processo de aprendizado, para isso lance mão de  dinâmicas, jogos, debates, desafios, apresentações, vídeos, produções musicais, construção de maquetes, resolução de problemas, brincadeiras, criação de blogs, fórum,  etc.
Quando utilizada no início do ano letivo a avaliação diagnóstica fornece dados para que o planejamento seja ajustado e contemple intervenções para retomada de conteúdos, ou realização de encaminhamentos para reforço escolar, e até mesmo para Especialistas (Psicólogo, Fonoaudiólogo, Psicopedagogo), e quando feita ao longo do ano possibilita que tanto o aluno quanto o Professor possam refletir sobre a utilização de novas estratégias de aprendizado.
Jamais os dados da avaliação devem ser usados para classificar ou rotular o aluno em “aluno bom”  ou “ aluno ruim”. O Professor deve ter em mente que a avaliação oferece um momento de aprendizado para ambos, professor e aluno. Enquanto Professor é possível verificar quais estratégias estão ou não funcionando, além de ser possível constatar quais hipóteses os alunos estão levantando na internalização e construção de determinado conceito.
Já para o aluno, com o devido feedback do professor, torna possível  a compreensão e mensuração do conhecimento adquirido e quais hipóteses são verdadeiras ou falsas, para que o aluno possa descartar as falsas hipóteses e fique focado naquelas que o levarão ao aprendizado do conceito estudado. O feedback do professor lança a luz, clareando  os chamados “ pontos cegos”  em que o aluno se encontra tornando possível, assim, o avanço para a etapa seguinte do processo.
Nesta etapa a avaliação inicialmente diagnóstica, evolui para uma avaliação formativa, onde  o processo de descoberta  que  induz a  novas elaborações de aprendizado, sempre mediadas pelo professor,  é o que de fato importa e conta.
A Avaliação Formativa é o  tipo de avaliação que deveria prevalecer dentro das Escolas, por ser mais justo e atender de fato às necessidades dos alunos. Infelizmente, o que vemos é o uso da avaliação somativa, cujo único objetivo é meramente alcançar determinada nota para “passar” de ano, os alunos são rotulados pelas notas que alcançam e não são auxiliados onde de fato precisam de ajuda.
Por isso, antes de chegar “ ditando” o que você irá ensinar, comece em “ perguntando” o que os alunos já sabem para levantar o que eles de fato “precisam” aprender.

Rosely Brito

Manter todos os alunos ocupados e trabalhando não é um sonho, porém exige planejamento de tempo e tarefas.

Já falei da estrutura da aula, de como organizar o tempo, agora é a hora da organização das tarefas. Cada aluno tem um tempo diferente do outro, assim é óbvio que nem todos vão terminar as atividades na mesma hora.

Os alunos que finalizam as atividades antes de todos ficam com tempo OCIOSO e acabam procurando algo para fazer, e quase sempre o que eles procuram fazer atrapalha os demais que ainda estão fazendo a lição.

Então é preciso você ter um cinto de utilidades ou caixa do tesouro, chame como quiser, cheio de jogos, cartelas, atividades já estruturadas para o aluno ocupar aquele tempo com trabalho.

Para os alunos das séries iniciais mantenha uma caixa ou várias contendo jogos com letras, sílabas, alfabetos móveis, pequenos quebra-cabeças de letras, jogo da memória, e muitos rótulos para colagem . Dependendo da série mantenha também cruzadinhas e joguinhos envolvendo as 4 operações básicas de matemática.

Já para o Fundamental II e Médio mantenha folhas de gibis ou HQs com os balões em branco para que os alunos criem os textos. Mantenha também, pequenos artigos com assuntos da atualidade , bem como jogos de raciocínio e desafio mental.

As possibilidades são infinitas, basta levantar as necessidades e interesses dos alunos e traçar os SEUS objetivos, assim todos ganham, e ninguém fica desocupado na sala de aula.

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Rosely Brito

O ano letivo já começou nas escolas particulares e está para iniciar nas escolas públicas. O fato é que o mês de Fevereiro é focado em dois grandes objetivos: Integração dos Alunos e Avaliação Diagnóstica. Neste artigo vamos nos ater ao primeiro objetivo: Integração dos Alunos.
As crianças e jovens, ficam muito apreensivos no retorno das aulas, pois há um sem número de situações que terão que enfrentar, é um misto de expectativas boas e ao mesmo tempo um medo do desconhecido, afinal são novos Professores, novos amigos, nova escola, como serão recebidos? Será que vão gostar ? Inquietações estas que o Professor deve estar atento na volta às aulas.
Por isso, nem pense em já ir entrando na sala de aula enchendo o quadro negro de tarefas, pedindo trabalhos, marcando provas, cobrando isso, cobrando aquilo, enfim, você já será vista como a “ chata da hora” .
Lembre-se, as crianças e jovens, precisam inicialmente de um certo espaço para se expressarem, interagirem, conhecerem o “ novo território”, conhecer você, os novos amigos, a nova escola.  Afinal, eles ficaram praticamente quase dois meses de férias, fazendo um sem número de coisas e agora querem compartilhar, precisam disso. Então use esta necessidade de compartilhar ao seu favor, aproveitando para fazer com que todos possam se conhecer melhor e já criar laços de amizade.
Aqui vão algumas dicas simples, separadas por estágios:

- Educação Infantil:

Crianças pequenas choram no primeiro dia de aula, porém o período de adaptação  pode durar até uma semana. A mãe fica apreensiva e quer entrar junto, ou muitas vezes acaba levando a criança embora e no dia seguinte a criança chora para não ir para a escola e a mãe cede não levando. Isso faz com que a criança demore muito mais a se ambientar. Para evitar que esse período se alongue além do necessário, é preciso que a Professora e os funcionários de Apoio estejam devidamente orientados a entreter as crianças com muitos jogos e brincadeiras coletivas, afinal nenhuma criança resiste a hora de brincar.
Caso a mãe entre  na sala de aula no primeiro dia, deixe-a instruída a incentivar a criança a brincar com os coleguinhas, jamais deixá-la todo o tempo no colo pois isso a impede de interagir mais livremente com os novos amigos e com os brinquedos, e a levar a criança para a escola TODOS os dias.

- Educação Fundamental

Tanto no Fundamental I quanto no Fundamental II as crianças e jovens esperam que os amigos venham chamá-la para brincar ou conversar. Os mais “ descolados” tomam a iniciativa até porque já conhecem quase todo mundo, porém aqueles alunos que vieram de outras escolas sentem-se deslocados, apreensivos e inseguros de abordar esse monte de “estranhos”.
Ao Professor cabe a tarefa de criar várias atividades, sempre coletivas, em forma de gincanas, desafios, jogos, brincadeiras, para quebrar o gelo do grupo.
Outro modo muito eficaz é selecionar dois alunos, para serem os guias desses novos alunos dentro do ambiente escolar, ficando assim incumbidos de mostrar onde é a cantina, os banheiros, o laboratório, enfim todas as dependências da escola, além de ajudar a enturmá-lo no grupo. Assim, cada dois alunos antigos ficam incumbidos de um aluno  novo durante um dia, depois faz-se o revezamento passando esse aluno novo, para outra dupla de alunos antigos, até que os alunos novos tenham ficado com todos os alunos antigos.

- Ensino Médio

Já no Ensino Médio os alunos nesta fase precisam passar a mensagem de “força moral ”, e  “ independência” para o grupo então aqui será preciso que o Professor use de sensibilidade e sutileza para integrar os alunos novos, pois há uma grande resistência em não permitir “gente estranha” no grupo.
Para quebrar esse “ iceberg” levante em um bate papo, ou crie uma atividade em forma de brincadeira, onde cada um tenha que falar das coisas que mais gostam de fazer, assim você terá muitas informações rapidamente para criar um projeto coletivo onde todos tenham que participar e apresentar antes da aula terminar. Exemplo: criar uma música, fazer uma imitação, criar um traje engraçado, fazer uma performance em grupo.
Você também pode utilizar a estratégia citada acima de usar os alunos antigos como guias para ajudar a enturmar os alunos novos.

- EJA  (Educação de Jovens e Adultos)

O público de EJA, tem suas peculiaridades, pois já é um público adulto, que trabalha, muitos já são casados, tem filhos, família para alimentar e contas para pagar, geralmente reservam o período noturno para estudar, pois trabalham durante o dia.  Assim, a abordagem de interação precisa levar isso em conta.  Por isso investigue em um bate papo, ou por meio de uma atividade de quebra gelo, para que esses alunos falem mais sobre sua história, seus sonhos, e suas dificuldades enfrentadas no dia a dia. Desse modo todos acabam se “vendo” nas estórias do outro e isso possibilita a criação de um elo de camaradagem, amizade e cumplicidade.
Outra estratégia é, o grupo criar um portfólio sobre os sonhos e projetos de vida que almejam alcançar, e juntos discutirem como isso pode ser atingido. Ao realizar esta atividade todos começam a se sentir participantes do sonho do colega e isso os une muito, pois acabam compartilhando ao longo do ano todas as vitórias conquistadas.
Todos esses cuidados e esse olhar sensível no momento de planejar as atividades de  integração, mostra aos alunos o tipo de Professor que você é. E isso é também um exercício para que você também seja integrado ao grupo.
Como os alunos verão o Professor durante todo ano, e talvez durante toda a vida,  vai depender muito do tipo de abordagem que você terá nessas primeiras semanas de aula.


Rosely Brito

Trabalhando em Escolas, tanto públicas quanto particulares, observei algo peculiar na hora que bate o sinal para começar a aula: vários alunos ficam no pátio e corredores conversando, brincando, sem a menor pressa de entrar na sala, enquanto os funcionários das escolas tentavam, impacientes, fazê-los ir para as salas.

Ao inquirir esses alunos, a fala de todos era: “ a Professora nunca começa a aula na hora, só depois de 10 minutos, então pra quê entrar agora eu não vou perder nada mesmo “.

Nestes casos, esses Professores eram muito consistentes, só que de uma forma negativa, pois passavam para os alunos o seguinte ensinamento: você não precisa cumprir com o horário, afinal eu também não estou cumprindo.

Professor, o gerenciamento da sala de aula, envolve gerenciar também o TEMPO.
É muito comum os Professores reclamarem que “ não deu tempo” de dar toda a aula, de cumprir o Planejamento, de terminar a atividade, etc, etc.... As justificativas são muitas, porém o problema é um só: falta de procedimentos para gerenciar o TEMPO.

Se a estrutura da sua aula não está lhe trazendo os resultados esperados, então mude. Faça os ajustes necessários para aproveitar ao máximo o tempo especificado e principalmente, comece e termine a aula no horário.

Organize-se: coloque a nova estrutura da aula no canto do quadro negro, com o tempo determinado para cada etapa. Trace os objetivos a serem alcançados em cada etapa.

Exemplo para uma aula de 90 minutos: na etapa 1 todos entrarão na sala e deixarão a agenda sobre as carteiras, 5 minutos, na etapa 2 faremos uma roda de conversa da aula anterior, 15 minutos, na etapa 3 dramatização do texto XYZ em grupos de 4, 30 minutos, na etapa 4 registro escrito, 15 minutos , etapa 5 compartilhar idéias do texto, 15 minutos, etapa 6 arrumação para saída, 10 minutos.

Esta é apenas uma idéia de como você pode organizar o tempo da aula, ao fazer desta forma os alunos verão que há várias atividades a serem cumpridas, e que não ocorrerá tempo “ocioso”.

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Rosely Brito