MESTRE

O blog do Professor Reizinho

BEM-VINDO AO BLOG DO PROFESSOR REIZINHO

 Aula chata do começo ao fim” é a fala no. 1 de grande parte dos alunos, principalmente do Fundamental II em diante. Mas o que é uma aula “chata” ? Para responder a esta questão convoco VOCÊ a pensar qual foi a aula mais massante, interminável, sem sentido, estafante, que você já teve na sua vida.
Agora, pense: por quê foi massante? Sem sentido? Chata? O Professor falou demais? Não alinhavou o conteúdo teórico com casos práticos ? Não intercalou dinâmicas e atividades práticas ? Não propôs desafio ? Não demonstrou o uso daquele conhecimento na solução de um caso real ? Não variou na metodologia? Repetiu o mesmo tipo de aula várias vezes ? Não promoveu a interação e participação do grupo ? O Professor valorizou mais a “decoreba” que o aprendizado real ? O Professor levantou as necessidades e expectativas do grupo ? O Professor verificou se as suas necessidades estavam sendo atendidas? O Professor monitorou o seu aprendizado ? O Professor elaborou um plano para dar conta das dificuldades do grupo ? O Professor possibilitou que o grupo praticasse os novos aprendizados propondo tarefas significativas e diferenciadas ?
Como você já constatou, todas as questões acima são extremamente relevantes quando realizamos um curso. No caso do ensino de adultos, a ciência que dá conta disso é a Andragogia, mas isso é tema para outro artigo.
No caso do ensino de crianças e jovens, é a Pedagogia que deve dar conta de responder pela organização da aula, do ambiente, da criação de procedimentos, do uso de diversificadas práticas de ensino, enfim, ferramentas que você precisa lançar mão para atingir o objetivo: fazer os alunos aprenderem.
Convido você a olhar para o seu Plano de Aula e fazer as mesmas perguntas que fiz acima. Só deste modo você saberá onde estão os gargalos que dificultam o melhor andamento das suas aulas, e ao descobrí-los poderá criar novas formas de contorná-los, ou melhor ainda “ desatá-los”, implementando novas práticas de ensino, mudando sua postura no trato com os alunos, o que inevitavelmente trará um renovo ao seu dia a dia e às suas aulas.
Se após a realização desse “ Raio X” no seu Plano de Aula, ainda restar dúvidas, pergunte aos seus alunos. Isso mesmo, realize uma Enquete e pergunte o que, ao ver deles, torna uma aula chata. Desta forma você terá o feedback diretamente daqueles que assistirão as suas aulas: os alunos.
Sua aula já foi chata e agora não é mais? Compartilhe as novas práticas que você implementou. E se você ainda está amargando os comentários malvados dos alunos por causa das aulas que eles reclamam, saiba que compartilhando você corre o risco de receber muitas idéias para implementar.

Por Rosely Brito.

Quando duas pessoas estão conversando observe as palavras que são ditas e simultaneamente preste atenção aos gestos, movimentos do corpo, expressão facial, movimento das mãos e tom de voz. Você perceberá que a linguagem não verbal é muito reveladora, pois sendo destituída de disfarces, revela-se verdadeira e genuína.
Na sala de aula os nossos alunos estão com os olhos voltados para o que dizemos e fazemos, e geralmente as duas coisas são contraditórias. No início da minha carreira passei por muitos problemas com os Alunos, Pais e Coordenação porque eu usava de forma inadequada a minha linguagem corporal. Veja abaixo alguns exemplos de uso inadequado da linguagem não verbal.
- Linguagem não verbal inadequada com os Alunos:
. O Professor está corrigindo as tarefas em sua mesa, o aluno chega até o Professor e começa a relatar algo, o Professor, de cabeça baixa, ainda corrigindo as tarefas, responde que depois vai tomar providências, ou dá respostas evasivas e curtas.
Apesar de responder ao aluno, o que o Professor REALMENTE disse com a sua linguagem não verbal foi: Estou fazendo algo mais importante aqui e não posso parar e dar atenção a você agora.
Correção: Professor deve PARAR o que estiver fazendo e demonstrar ATENÇÃO, com as palavras, bem como com a linguagem não verbal.
- Linguagem não verbal inadequada com os Pais:
Na Reunião de Pais o Professor, com expressão facial neutra, com o tom de voz formal, entra na sala, pede que os Pais sentem-se dispostos em fileiras, e o Professor posiciona-se na frente de todos como se fosse iniciar uma aula. No momento de informar, individualmente, o rendimento de cada aluno o Professor chama cada Pai até sua mesa e o faz sentar-se em uma cadeira em frente a sua mesa.
Apesar do uso do tom educado e do discurso dito “ aberto” a colocação dos Pais, a linguagem não verbal apresentou uma série de obstáculos impedindo os Pais de expressarem abertamente tais como: expressão facial neutra do Professor, tom de voz formal que cria uma atmosfera fria, bem como a disposição das carteiras que reforçou a distância imposta.
Correção: Professor deve usar TOM DE VOZ informal, EXPRESSÃO FACIAL acolhedora de simpatia com sorriso, trazendo assim a LEVEZA necessária para esses momentos.
- Linguagem não verbal inadequada com a Coordenação:
É muito comum nas Reuniões Pedagógicas ou de Educação Continuada quando muitos Professores, infelizmente, sentem-se OBRIGADOS a participar, lá estão educadamente de corpo presente, porém a linguagem não verbal está “ gritando” o real sentimento daquele momento quando:
. O Professor “ suspira” e “ bufa” , revira os olhos em desacordo com algo, meneia a cabeça, olha para o colega do lado franze a testa e dá um meio sorriso de zombaria e descaso e por aí vai.
Muitos não acreditam nesses encontros e treinamentos, e por esta razão mostram o seu real descontentamento por meio da linguagem corporal, mas não pense que a Coordenação não está vendo isso, aprendi às duras penas que esses comportamentos só fazem com que as barreiras da comunicação sejam mais altas e cada vez mais difíceis de derrubar e que inevitavelmente prejudica a parte mais fraca: o Professor.
Nossas emoções é que ditam a nossa linguagem não verbal, é por esta razão que temos de aprender a controlá-las, discipliná-las, caso contrário seremos vítimas de nós mesmos.
Como Educadores também temos de ensinar isso aos nossos alunos. Os nossos alunos “copiam” ou “modelam” comportamentos de outras pessoas tais como: amigos mais descolados, os pais, ídolos da TV e também dos Professores. Muitos desses comportamentos são incorretos e precisam ser consertados.
Muitas vezes, dentro da sala de aula, ou nos espaços da Escola, vemos alunos que usando de uma sagacidade, respondem educadamente, porém a sua linguagem verbal revela grosseria, ironia, descaso e desrespeito. Enquanto Educadores procuramos corrigir a “ fala” do aluno, e as grosserias veladas ou explícitas ? Passam sem correção, e eles sabem disso.
Afinal se ao repreender um aluno, ele silenciosamente ouve tudo o que o Professor está dizendo, porém a sua linguagem não verbal é de afronta e desrespeito, em tese ele não disse nada ofensivo ao Professor, e por esta razão não será corrigido por isto.
Por isso a minha dica de hoje é: reveja sua linguagem não verbal e corrija-a, depois trabalhe esta questão com os seus alunos e procure ensiná-los a lidar com suas emoções corrigindo-os se for preciso.


Por Rosely Brito

Muito além do Semanário,
Muito além dos Bimestres,
Muito além das Provas e trabalhos,
Muito além dos 200 dias letivos
Muito além da Recuperação e dos Exames
Muito além do Planejamento anual e do Calendário,
Muito além da jornada de trabalho dupla, ou até tripla
Muito além da indisciplina dos alunos
Muito além da incompreensão dos Pais
Somos Educadores, apesar de tudo isso,
Mas, principalmente, somos Educadores porque o mundo ainda precisa de:
Homens e Mulheres de bem, de Poetas, Engenheiros, Médicos, Advogados, Psicólogos, e tantas outras.

Ass. Rosely  Brito

Quer você seja um Professor recém formado ou veterano, tenho certeza que já vivenciou, alguma, ou várias situações envolvendo ” bate boca” com aluno. Provavelmente você ficou estressada, perdeu tempo, atrasou o planejamento , desentendeu-se com os Pais do aluno, levou bronca da Coordenação, desgastou-se e…. não chegou a lugar nenhum.
Na verdade, essas situações potencializam a indisciplina já existente na sala de aula, pois drena todas as forças, motivação, interesse e paciência do Professor.
Mas, para compreendermos como lidar com situações de “bate boca” é preciso conhecermos como elas se desenrolam e o que as desencadeia, para que possamos definitivamente combatê-las e extirpa-las.
O que é o “bate-boca” ?:
Coloquialmente denominamos de “bate boca” toda discussão verbal, que ocorre de forma acalorada com a troca de palavras ásperas, e no final das contas não se resolve nada, portanto mostram-se inúteis. Quando discussões deste tipo ocorrem na sala de aula servem para tumultuar e deixar todos de ânimos exaltados.
Tipos de bate boca:
Existem três grandes gatilhos que prenunciam que um “bate boca” vai começar, são eles:
1)Fazer perguntas redundantes:
Átila, porque você está conversando? Já não falei que é para fazer a lição ? “
Parece familiar ? Pois é, eu também já fiz perguntas desse tipo. Quando fazemos perguntas redundantes é como se, implicitamente, disséssemos aos nossos alunos :
“ Átila, farei uma pergunta redundante para que você possa distorcê-la e manipular-me e quem sabe até ficar com o controle da situação, talvez a sala inteira até divirta-se às minhas custas se você complementar com alguma gracinha no final “.
Ao fazer uma pergunta redundante, que tipo de resposta você acha que obterá do aluno ?
“ Sabe “Pro”, converso porque eu não estou a fim de assistir sua aula, então prefiro “papear” com os meus colegas ao invés de prestar atenção no que você fala”.
Com certeza não era a resposta que você esperaria receber ! No entanto é a resposta que você obterá na maioria das vezes.
Usar perguntas redundantes, achando que estará disciplinando efetivamente, é uma ilusão, e o que é pior, você abrirá uma brecha para ser manipulada e tornar-se o alvo das chacotas por parte dos alunos.
2)Argumentar com aluno
Professor: “ Atila, já falei que você não pode sair da sala ”
Átila: “ mas por quê não ? “
Professor: “ Porque você tem de esperar o horário do intervalo”
Átila: “ porque então você deixou o Ivan sair ? “
Professor: “ Porque o caso dele é diferente “
Átila: “ diferente por quê? Eu também preciso ir .
Qualquer situação onde o Professor entra em uma argumentação sem fim, inevitavelmente, acabará em “bate boca”. Não demorará muito para ambos os lados estarem exaltados, com voz alterada e trocando ofensas.
3)Pedir justificativas
Quando o Professor exige que o aluno justifique o injustificável, está pedindo para ouvir o que não quer.
Professor: “ Atila, porque você colou chiclete no cabelo da colega ? “
Átila: “ Porque ela é uma chata”
Professor: “ Ivan, porque você colou na prova ? “
Ivan: “ Não era cola, foi só um lembrete caso eu esquecesse das respostas”
Professor: “ Porque você estava brincando na aula de Matemática ? “
Ivan: “ Eu não estava brincando, estava explicando para meu amigo  um novo passo de dança “.
Situações que provocam o aparecimento do “bate boca”:
Como já foi dito anteriormente, algumas situações de indisciplina são potencializadas pela nossa postura, no entanto outros fatores também contribuem para o aparecimento do “bate boca” dentro da sala de aula entre aluno e Professor, tais como:
- aluno chega irritado de casa ou da rua
- aluno que ouve os Pais depreciarem o trabalho do Professor
- Professor que já está esgotado de dar várias aulas seguidas
- quando a turma ignora o Professor
- quando o trabalho do Professor é depreciado pela Direção/Coordenação
- quando o Professor demonstra-se inseguro ao entrar na sala de aula
- quando o Professor é permissivo ou quando é autoritário
- quando o aluno sabe que os Pais virão à Escola para reclamar do Professor com a Direção
Como agir :
Por muito tempo eu ficava aflita e apreensiva, pois essas situações me angustiavam. Com o passar do tempo e depois de muito tropeçar e cair cheguei a constatação que lidar com tudo isso requeria um conjunto de medidas que não estavam em minhas mãos, e sim nas mãos do Gestor, e até do Poder Público.
Seria ótimo se na minha Escola eu pudesse contar com:
- Um Orientador Educacional
- Um Programa de Saúde/Qualidade de Vida para Professores
- Um salário digno que possibilitasse que eu permanecesse em dedicação exclusiva em apenas uma Escola
- Que a minha Escola tivesse implantado uma Escola de Pais, onde as Famílias aprenderiam mais sobre educar os filhos e seriam cobradas por isso.
- Que os Gestores tivessem mais preparo técnico quanto a gestão administrativa e pedagógica da Escola
Mas, como boa parte destas medidas, infelizmente, ainda é uma utopia, até mesmo para os dias de hoje, resolvi investir em medidas em que EU pudesse controlar e implantar.
Assim, além de evitar tudo o que foi exposto acima, passei a dar ao aluno a DIREÇÃO do que ele deveria fazer.
Ao constatar que o Átila estava conversando, eu não perguntava, não queria mais justificativas, e muito menos entrava em argumentação com o aluno. Simplesmente ele era informado do que deveria fazer.
Professor: “Átila, este não é o momento para conversa. Retome a sua tarefa, pois dentro de X minutos, você e mais 5 colegas realizarão a correção dos exercícios no quadro negro “
A minha dica é, diariamente temos de aprender com nossos erros e procurar tirar proveito deles para criar novas ferramentas, estratégias que nos auxiliem a implementar as mudanças em nossa postura, e principalmente revermos e ampliarmos nosso conhecimento técnico sobre gerenciamento da sala de aula, relacionamento interpessoal, resolução de conflito e novas práticas de ensino.

Rosely Brito

No artigo anterior enumerei os 5 erros que os Professores, consciente e até inconscientemente, cometem e que acabam potencializando a indisciplina na sala de aula.
Alerto novamente que, as causas da indisciplina dentro da Escola são várias tais como: Família, Gestor, Governo, a Mídia, etc, etc., porém não serão objetivo deste artigo no momento.
Já disse em outros momentos que dentre todos esses “personagens” o único que temos controle é sobre o NOSSO comportamento. Assim será muito mais inteligente e menos penoso fazer os ajustes que forem necessários nos nossos comportamentos, que ficar dando murro em ponta de faca tentando mudar os comportamentos das outras pessoas.
Mas, vamos ao Erro no. 1 que eu cometia que era: Disciplinar toda a sala de uma só vez. Nos meus dias de Faculdade haviam dito que ao entrar na sala de aula eu deveria mostrar respeito, que ao fazer isso, em contrapartida os alunos também teriam respeito por mim.
Era mais ou menos assim: “ Entre na sala de aula e diga a todos que você exige respeito e silêncio “ . Nisso se resumia o ensino de “gerenciamento da sala de aula” na Faculdade. Logo descobri a precariedade desse “ sistema” quando comecei a dar aulas.
A luta era inglória: de uma lado a Professora recém formada (eu) e do outro 40 alunos com 15 anos de “praia” cada um com vasta experiência em tumultuar a sala de aula. Quem vocês acham que vencia todo o tempo ?????
Lá estava eu gritando o tempo todo “fiquem quietos”, no começo até ficavam por 5 segundos, depois começavam tudo novamente. A pergunta aqui é: “ Será que eles não me ouviam ? “ . Claro que eles ouviam.
E mesmo assim eu ficava o ano inteiro tentando disciplinar a sala toda de uma só vez. Você já deve ter assistido algum filme de ação onde chega um momento em que o mocinho tem de lutar com 15 pessoas, e se você reparar bem, ele não luta com os 15 de uma só vez, e sim com UM de cada vez.
Agora pense por um minuto, se o mocinho luta com um por vez, porque você acha que conseguirá disciplinar toda a sala de uma só vez? A resposta é: você não conseguirá !!
Dica no. 1) Eles obedecem não é porque você FALA para ficarem quietos, Eles obedecem porque você toma uma AÇÃO e com isso eles recebem uma CONSEQUÊNCIA.
O que deve ser feito é, pegar um aluno, isso mesmo, apenas um aluno de cada vez. Voltando a luta do mocinho no filme você observará que sempre que ele começa a luta, e já derrota os 5 primeiros, os demais sabendo que serão derrotados, desistem e…..fogem…
A analogia com o mocinho é para que fique claro que, uma vez que você neutraliza alguns alunos, o restante da turma desistirá da bagunça com temor das conseqüências.
Frente a uma situação de indisciplina sempre pense da seguinte forma: “ Qual ação poderei tomar aqui”, ao invés de “ o que eu digo para esse aluno”. Pois não se trata do que dizer, mas do que fazer.
Dizer para o aluno: “ Atila, já mandei você ficar quieto senão você vai ver…?!” . Vai ver o quê? Na verdade você precisa impor ao Atila uma conseqüência que ele de fato sinta, e que o restante da classe pense “ eu não queria estar no lugar dele “.
Lembra que falei anteriormente em você escolher um dos alunos que estiver fazendo a bagunça, ou ocasionando o tumulto na sala ? Mas qual deles ? Aqui vai um pequeno exercício para você treinar ? Escolha uma das opções:
a) escolher a aluna quieta que está estudando lá no fundo da sala, pois será mais fácil lidar com ela
b) escolher o aluno mais falante da turma
c) escolher aleatoriamente qualquer aluno
d) escolher o aluno que sempre provoca e lidera a confusão
A opção correta é a ‘D’; afinal ao neutralizar o líder, os demais estarão sem direção e poderão ser liderados pelo Professor.
Aborde esse aluno calmamente com uma voz firme, e os outros alunos logo darão atenção a situação ficando quietos e atentos, pois o que eles estão esperando é ver quem vai ganhar esse embate. Assim, você caminhará até o Atila e já deverá ter traçado a conseqüência que fará o Atila tremer. A chave aqui é que a conseqüência tem de ter um peso que incomode o aluno. Quando a classe vê o que acontecerá ao Atila, os ânimos logo se acalmam.
Alertando: quando uma situação ocorrer na sua sala de aula, detecte sempre o líder, aquele em que os outros sempre seguem. Aposto que você já até sabe quem são eles na sua sala de aula.
Com certeza o Atila, furioso, lhe fará perguntas do tipo : “ Porque eu ? O que foi que eu fiz ? “ . Você simplesmente ignorará qualquer tipo de protesto, pois a pior coisa a fazer é bater boca com aluno (isso veremos no Erro no. 2).
Dica no. 2) Dividir para Somar
Aprendi que quando eu disciplinava a sala inteira, dando advertência ou suspendendo todos de uma vez, eu fortalecia o senso de grupo que os alunos tinham entre si. Eles eram um grupo, e eu era o inimigo. Lembra o lema dos “3 Mosqueteiros” , “um por todos e todos por um “. Eu os fazia sentir que faziam parte de algo maior.
Assim a saída encontrada foi dividir o grupo, provocar uma rachadura, isolar o líder. Ao fazer isso o grupo “órfão” do líder precisava ser acolhido, mas agora pelo Professor.
Por isso, se amanhã, os “Atilas” da sua sala insurgirem com desrespeito e indisciplina, não tente discipliná-los todos de uma só vez. Isole primeiro o líder, e depois isole o próximo, se for necessário.
Veja que apenas fazendo ajustes na maneira de como você lida com essas situações já fará uma enorme diferença na qualidade das suas aulas e no rendimento do seu tempo.
Por Rosely Brito

É muito estressante e até emocionalmente doloroso lidar com a ansiedade de ter de enfrentar, todos os dias,  uma turma que você não está certa de poder controlar. O que , de fato, é realmente frustrante nesta situação é: ter responsabilidades a cumprir e não ter as devidas ferramentas para fazer isso.
Lembro bem no início da minha carreira, o sentimento de incapacidade que eu sentia, antes de descobrir as ferramentas certas para combater a indisciplina na sala de aula.  Você se sente insegura, chegando a duvidar da sua competência enquanto Professor. É frustração, misturado com raiva e impotência. É inclusive esse conjunto de sentimentos negativos que levam muitos Professores a desistirem da profissão.
O triste de tudo isso é que, muitos que desistem prosseguem acreditando que falharam na profissão, enquanto que a verdade é que não tinham ferramentas apropriadas para lidar com a questão.
Nos bancos das Universidades ninguém toca nesta questão parece que a única coisa que o Professor tem de fazer é entrar na sala e “dar” aula. Ninguém fala  da falta de educação e desrespeito, ninguém comenta sobre a indisciplina ou violência, ninguém aborda a falta de limites e muito menos, sequer sugere o que fazer quando a situação não está no nosso “script”, chamado Plano de Aula.
Em um roteiro quando é produzido um filme ou peça de teatro, há um “script”, e tudo deve ser feito conforme está escrito e determinado lá. Mas, e na sala de aula, quando nosso “script” não dá conta do nosso dia a dia? O que fazer então ?
Para ser honesta, sempre parecia que todos a minha volta queriam mais era que eu perdesse essa batalha, pois viviam alertando-me acerca do que os pais iriam dizer ou fazer. Na verdade todos estavam mais preocupados em não perder os alunos ou ainda não provocarem a ira dos pais,  do que oferecer o apoio que eu precisava.
Aprendi às duras penas, que tudo o que haviam  dito a respeito de como disciplinar os alunos estava errado pois  não funcionava. Na verdade, a única coisa que eu precisava era que os alunos fossem 100% respeitosos, fizessem as tarefas, e prestassem atenção todas as vezes.
Assim, não importasse a classe social do aluno, seu histórico de comportamento, seu nível de socialização. Uma vez que esse aluno entrasse na minha sala de aula, ele deveria dar conta de suas responsabilidades e cumprir suas tarefas.  Há muitos anos atrás esta afirmação já era utópica, no entanto ainda hoje, para muitos ela ainda é um “delírio” impossível de alcançar.
Hoje é sabido, que mesmo a pior turma, e ainda que  a escola esteja localizada em um meio hostil, este objetivo pode ser alcançado. Não ocorrerá do dia para a noite, será preciso esforço, paciência e principalmente persistência.
A “mágica” ocorre quando você descobre e utiliza  as ferramentas e estratégias apropriadas que tornam todos os alunos mais responsáveis e aplicados. Ao ter em mãos essas novas ferramentas  a sua sala de aula sofre uma transformação porque o seu  jeito de dar aula também muda.
Constatei ao longo da minha carreira que a indisciplina ocorre por uma série de fatores, porém alguns desses fatores era eu mesma que provocava. Isso mesmo ! Não estou aqui eximindo a parte que cabe a família, ao gestor, ao governo, aos astros, seja lá quem for que você queira transferir a culpa, o fato é que tive de dar a mão a palmatória, descer do salto,  humildemente reconhecer esse fato e procurar consertar o que era a minha responsabilidade fazer.
Veja abaixo os 5 grandes erros que eu cometia e, infelizmente,  muitos Professores estão cometendo, talvez até você, inconscientemente, também esteja. Por isso é hora de rever sua prática em cada um dos itens abaixo:
- Erro no. 1: Disciplinar toda a sala de uma só vez
- Erro no. 2: Bater boca com o aluno, ao invés de dar a direção do que fazer
- Erro no. 3:  Ameaçar, ameaçar, ameaçar e …….não cumprir
- Erro no. 4: Uso de linguagem não verbal de forma inadequada
- Erro no. 5:  Aula chata do começo ao fim
Por ora vá refletindo nesses erros, pois no  próximo artigo abordaremos o Erro no. 1: Disciplinar toda a sala de uma só vez, e debateremos como consertar isso.

por Roseli Brito

Dia dos Pais, comemoração, festa e alegria. Os Professores porém quase nada tem a comemorar, pois, infelizmente para muitas famílias a palavra “pai” é apenas um título que apenas designa quem é o genitor biológico, nada mais.
Seria tudo de bom, se de fato o Pai, ou os Pais exercessem o seu papel no lar na correta condução da família e na educação apropriada dos filhos.
Atualmente o que vemos são crianças e jovens ditando as regras dentro de casa, decidindo o que querem fazer. Manipulam  os Pais de tal forma que conseguem colocá-los  contra os  Professores.
Esses pais geralmente são omissos e negligenciam os seus deveres  não fornecendo a devida disciplina e correção aos filhos. Sempre dão de ombros quando o assunto é o que os filhos estão fazendo de errado, porém são os primeiros  a exigir providências quando seus rebentos são “injustiçados” ou “perseguidos”.
Você já ouviu estas falas saindo da boca dos Pais ?  “meu filho não mente”, “ o professor não gosta do meu filho e por isso está perseguindo ele”, “ é claro que o professor não vai com a cara do meu filho” , “ o professor não gosta do meu filho porque ele gosta de dar opinião e tem o gênio forte”, “ o professor persegue meu filho porque ele não aceita ser humilhado e não leva desaforo pra casa”.
Os termos “injustiçados” e “perseguidos” são usados amplamente pelos Pais para designar atitudes de correção que a Professora procura tomar no sentido de responsabilizar esses alunos pelos seus atos. No entanto esta postura  é tida pelos Pais como perseguição.
O que ocorre é que como esses jovens não estão habituados dentro do lar a respeitar o Pai, desconhecem o que é obediência e regras, jamais estiveram sujeitos à correção ou disciplina, e não sabem o que é ser responsável por seus atos, assim, quando este mesmo jovem entra em uma sala de aula, resiste e rebela-se contra a autoridade do Professor e não aceitas as regras daquele ambiente.
O que fazer então ? Afinal são esses jovens que distorcem tudo e sempre estão com a razão.  Aqui vão algumas dicas para você ficar imune a este tipo de situação:
- Postura do Professor:
Sua postura profissional e auto-controle em todas as situações determinará o encaminhamento de qualquer conversa, seja com pais, alunos ou direção, por isso cuidado no seu falar, nos seus gestos, na sua vestimenta, no seu linguajar. Procure em suas atitudes  ser sempre irrepreensível, pois não dará margem a qualquer tipo de dúvida quanto a sua integridade moral, pessoal ou técnica.
Lembre-se, ninguém leva à sério um profissional que grita, xinga, murmura, cria confusão, usa termos chulos, que é descuidado ou mal educado.
- Regras Claras de Conduta:
Nenhum trabalho é possível ser desenvolvido dentro do caos, assim é necessário que o Professor estabeleça um conjunto de regras claras, bem como uma rotina diária, para que não hajam mal entendidos durante as aulas no que refere-se a estas questões.
Logo no início do ano na Reunião de Apresentação da Equipe Escolar, apresente o conjunto de Regras Disciplinares por escrito,  deixe claro quais serão as condutas permitidas e/ou não toleradas no ambiente escolar, informe aos Pais todos os procedimentos que serão tomados e faça-os assinar esse documento.
- Apuração dos Fatos:
Quando ocorrer qualquer tipo de incidente é preciso que os fatos sejam apurados, assim nada de sair fazendo pré-julgamentos, tomando partido ou ainda pior: enveredar na conversa inconseqüência que o Pai traz, geralmente quando está muito nervoso, comprometendo assim a veracidade dos fatos.
No momento da apuração é preciso que os envolvidos sejam ouvidos separadamente e depois confrontados. Quando confrontados é preciso que os mesmos saibam o mal que causaram ao outro, pois desse modo facilita para que eles vejam a extensão do ato.
Logo após é preciso que arquem com as conseqüências e/ou penalidades.
- Regras Claras das Conseqüências:
No conjunto de Regras Disciplinares, é preciso que fique claro quais serão as medidas a serem tomadas quando uma regra for quebrada. É preciso que tanto os alunos como os Pais estejam cientes disso.
Para que os Pais não esqueçam de que foram avisados, em todas as Reuniões s peço que os Professores coloquem estas regras em um cartaz dentro da sala de aula, e quando um pai faz algum comentário recriminando a Professora por ter tomado esta ou aquela atitude a mesma pede ao pai que reporte-se ao cartaz e ao documento que ele assinou no início do ano.
- Abandono de incapaz:
O Estatuto da Criança e do Adolescente deixa muito claro que é crime a família não cumprir com suas responsabilidades para com os filhos. Sendo assim, ao constatar que os Pais estão sendo negligentes, os mesmos deverão ser informados das penalidades que poderão incorrer caso não mudem a sua postura.
É freqüente a Escola ou Professor precisar falar com a família a respeito da criança ou jovem e os mesmos informarem que não dispõem de tempo, pois trabalham fora, e assim nunca comparecem às reuniões ou à Escola para receber orientações. A queixa é sempre a mesma: a falta de participação da família no aprendizado dos filhos.
Assim, uma saída é notificar o Conselho Tutelar para que o mesmo entre em contato com a família e deixe claro as penalidades a que estarão sujeitos.
Todas estas dicas valem do Ensino Infantil ao Médio, afinal ninguém está livre de lidar com Pais negligentes. E você tem alunos que agem desta forma? Já teve de ouvir de algum Pai uma das frases acima ? Qual foi sua atitude ?

Rosely Brito

As férias escolares estão terminando, digo: acabaram nem bem o Professor começou a relaxar e já é hora de retornar às aulas. Mas, cá para nós, mesmo em “férias” pergunto-me todo o tempo: Professor realmente tira férias ?????
Será que Professor realmente descansa ? “Desliga” e “desacelera” o ritmo de constante agitação e atenção ?
Estas reflexões ocorrem porque sempre neste período de férias é comum recebermos várias “dicas” de coisas para ler, filmes para assistir, lugares para conhecer e quando nos damos conta, lá estamos nós outra vez, já “alinhavando” todo esse material com a rotina da sala de aula, pensamos naquele aluno indisciplinado, depois naquele outro  que está com problemas e por aí vai.
O fato é que o Professor não “desliga” realmente. Em tudo que vemos, ouvimos, presenciamos sempre procuramos extrair novos aprendizados, novos saberes, novas soluções para as coisas que nos afligem no dia a dia.
Isso é muito bom, na verdade o Professor tem esse “radar” mais aguçado para olhar além do que está sendo mostrado e é aí que encontra-se nossa maior qualidade, mas também nosso maior problema.
Enquanto qualidade esta atenção mais aguçada sempre está a nos desafiar a ir além, a esmiuçar as coisas, a sempre extrair-lhes o sentido em busca de novas maneiras de ajudar os nossos alunos e a aprimorar nosso fazer diário.
Por outro lado, estar sempre atento desgasta e frustra também, pois sempre achamos que as soluções sempre estarão em estratégias cada vez mais elaboradas e complexas, e por esta razão acabamos por desconsiderar as soluções mais simples.
As pessoas que lidam com moda tem uma frase que resume tudo: “ Menos é Mais”. No nosso caso, dentro da Escola, isso significa que ficar sempre correndo atrás dos  novos modismos, tais como o último método mirabolante para alfabetizar, as  novas estratégias para fazer a aula virar um show, nem sempre levam ao resultado esperado.
Coisas assim são passageiras, não passam de um evento, e não produzem de fato mudanças duradouras nos alunos. Então, antes de sair correndo atrás da mais nova moda pedagógica, reflita no que já deu certo até agora.
Minha sugestão para esta semana, que antecede a volta às aulas, é que você elabore uma pequena lista conforme abaixo.
. Relacionamento Professor e Aluno: Pense em apenas três ações que você realizou no 1º. Semestre que deram certo. Agora pense em como aprimorá-las para que o resultado seja excepcional.
. Práticas de Ensino que os alunos mais participaram: Aqui vale lembrar das práticas que você utilizou em que os alunos empenharam-se mais em realizar . Quais estratégias foram utilizadas ? Em quais momentos elas funcionaram melhor ? Como elas poderiam ser aprimoradas ?
. Rotinas: Neste tópico reveja três grandes situações em que o caos se instalou na sala de aula. Em quais momentos ocorreram esse caos ? Quais rotinas precisariam ser criadas para evitar isso ? Foi na hora do trabalho em grupo ? Foi na hora da explicação da lição? Pense em três medidas para solucionar esses problemas.
. Conseqüências: Os alunos se unem contra o Professor quando vêem que as conseqüências aplicadas para determinado ato, ao ver deles, é injusta. Assim, minha dica é: baseado nas três grandes situações onde surge o caos, levante com os alunos quais seriam as conseqüências que eles aplicariam. Assim o Professor terá condição de ver quais são as conseqüências que são justas do ponto de vista do aluno e poderá escolher as melhores .
Essas dicas valem tanto para a Educação Infantil quanto para o Ensino Superior.
Por isso, aproveite o restante desta semana para desacelerar, afinal uma ação não precisa ser perfeita, ela precisa apenas ser eficiente e funcionar para você.

Por Roseli Brito

Para muitos Professores o semestre terminou, e como todo final de semestre a correria não pára. Fechamento de Notas, Reunião de Pais e Relatórios aumentando assim a carga de stress já elevada.
Mas também é hora de repensar, avaliar estratégias e os resultados. Aqui vão algumas questões que você poderá fazer para avaliar o semestre e ver o que você conseguiu atingir.
- Alcancei os resultados esperados ? Por quê não ? O que poderia ter sido feito de diferente ?
- Que tipo de recursos poderia ter feito a diferença ?
- O que deu certo ? Em que momentos deu certo ? Em quais momentos deu errado ?
- O Planejamento funcionou ? Quais ajustes deverão ser feitos para o 2o. semestre ?
- Variei nas estratégias de ensino ?
- Quais problemas ocorrem com freqüência na  sala de aula que atrapalharam o trabalho ?
- Em quais momentos senti-me mais frustrada e estressada ?
- Os alunos participaram ativamente de todas as aulas ? Por que não ?
Esta parada no meio do ano é providencial, pois além de oferecer momentos de reflexão, possibilita um fôlego para buscarmos as ferramentas necessárias para realizar a correção de rumos para o 2o. semestre. Por isso é hora de investir na solução desses problemas.

Rosely Brito.

A Sala dos Professores é um local privilegiado para verificação de muitas situações, ela serve também como uma espécie de termômetro de como anda o relacionamento da Equipe com os colegas e dos Professores com os Alunos.
Assim é comum ouvirmos frases saudosistas do tipo: “ no meu tempo aluno não falava assim”, “ na minha época isso não acontecia na sala de aula”. Na verdade o que ocorre é que os tempos são outros, e os jovens também.
A verdade é que o nosso comportamento muda, a sociedade muda, a cultura muda, enfim, o comportamento dos adolescentes também sofrem mudanças.
E foi para entender o comportamento do jovem, que os especialistas em marketing e recursos humanos começaram a buscar respostas. Então categorizaram as gerações no sentido de explicar o que estava acontecendo.
Assim, crianças, jovens e adultos nascidos a partir de 1980 foram denominados como Geração Y. Nós, os nascidos nas décadas de 1960 a 1970 somos chamados de Geração X.
Para que você compreenda melhor, a Geração Y se diferencia porque é formada, fundamentalmente, de jovens nascidos imersos num ambiente virtual, onde tudo é muito rápido, superficial e dinâmico.
Aqui no Brasil, esses jovens são aqueles que cresceram durante os anos 90 à frente do videogame, conviveram com a internet, o computador, o celular e um vasto conjunto de aparatos tecnológicos.
Mas, saber disso em que nos afeta ? Em tudo !!!. Temos de lidar com esta Geração diariamente e é fundamental que saibamos como ela funciona, deste modo poderemos conduzir todo o trabalho pedagógico de modo mais eficaz.
Veja abaixo algumas posturas própria dos jovens desta Geração:
- São Multitarefas: fazem diversas coisas ao mesmo tempo. Estudam, ouvem mp3, escrevem no messenger e vêem TV ao mesmo tempo,
- Organizam-se em comunidades físicas e virtuais: esses adolescentes tem comportamentos coletivos e também tem valores coletivos. Basta ver quantas comunidades no Orkut falam de escolas, professores e outros alunos,
- Valorizam o nível de atualização das informações. Por isso, não basta utilizar vídeos ou acessar a internet como recurso de apoio pedagógico. É preciso que esteja claro que as informações são as mais recentes.
- Relacionam-se com a informação de forma abrangente, mas pouco profunda. São restritivos aos temas que não lhes agradam. A falta de aprofundamento é uma questão série – daí a dificuldade de ler jornais por exemplo,
- Pedem retornos constantes e querem resultados imediatos. Se acham que não estão evoluindo em determinada matéria ou assunto, logo abandonam. Demandam atenção, pois cresceram assim.
- Julgam constantemente – e vão julgar seus professores, também, a todo momento.
- Frequentemente, fogem de suas responsabilidades. Tendem a ficar na casa dos pais e acham que as soluções dos problemas do mundo estão na mão de outras gerações, não nas deles.
- São individualistas, mas não necessariamente egoístas. Costumam ser empáticos, pois estão habituados à vida em comunidade.
Devemos ensinar não do jeito que é mais fácil para nós, e sim  do jeito que o aluno possa aprender mais e melhor. Quais adequações e ajustes você já poderá fazer para diminuir esse choque de gerações nas suas aulas ? Comente no blog.
A nossa Geração, denominada de X, não transita naturalmente neste mundo digital, somos como estrangeiros, e por esta razão precisamos aprender a caminhar nesse “novo mundo” em que os jovens são cidadãos.
A Geração X foi escolarizada dentro de um modelo pedagógico tradicional, que prima pela passividade, e por esta razão reproduz este mesmo modelo com as novas gerações, provocando assim os famosos  conflitos de relacionamento, que nada mais são que um descompasso de linguagem e postura entre as duas gerações.
Desmotivação dos Jovens:
Levando em consideração esta enorme diferença entre as Gerações, daquela que dá aula, e aquela que assiste às aulas, fica claro que os conflitos existirão em maior escala dentro da Escola, porém a causa mais grave deste choque de gerações, é a desmotivação dos jovens que se vêem desconectados do mundo da sala de aula e totalmente conectados com o mundo lá fora.
Como resolver isso ? O Professor precisa conhecer como esta nova geração pensa e age, e depois buscar novas práticas de ensino que estejam em consonância com este público. Lembre-se: o Professor não prepara a aula para si próprio, as aulas são preparadas para que o ALUNO aprenda.
Já a Geração X, que é a geração que está ministrando aulas, faz tudo conforme sua visão de mundo, sempre solicitando que o jovem se enquadre em situações que não são as situações vivenciadas por eles, daí os famosos conflitos dentro da sala de aula.


Rosely Brito

Existe a palavra: PRESIDENTA?

Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?

Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.

Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação..

Já parou para pensar em todas as vezes que você preparou as aulas, preocupou-se em pesquisar materiais, escolher um vídeo, um determinado mapa ou gráfico e quando esta aula foi ministrada tudo deu errado ?
A idéia é que os alunos estivessem ávidos por aprender, mostrassem interesse e participassem da aula, mas nada disso aconteceu. Você encontrou alunos apáticos, desinteressados, ou então a grande maioria estava ocupada em ligar o celular, brincar com algum joguinho, ouvir uma música, trocar bilhetinhos, olhar pela janela, prestar atenção ao colega. Na verdade eles estavam muito “ocupados” para prestarem atenção na sua aula.
Mas, o que deu errado ? Bem, temos de analisar qual é a estrutura de uma aula fadada ao fracasso para você conhecer o que precisa ser evitado na próxima vez que for prepará-la.
- Nota 0: Elementos que fazem com que uma aula dê errado:
01.   jamais entre na sala de aula despreparado, ou com uma aula preparada no último minuto, saiba que é o maior descaso com os alunos fazer isso,
02.   a aula não é para você, por isso jamais seja “verborrágico”, ou seja, não fique falando todo o tempo e só com termos difíceis do aluno entender,
03.   não use o tom de voz monótono, sem vibração ou calor. Talvez essa seja a sua 10ª. Turma, e você já está entediado em abordar o mesmo assunto, porém os alunos captam essa vibração,
04.   jamais elabore aulas que não dêem espaço para os alunos interagirem, darem opiniões ou fazerem perguntas,
05.   não faça do livro didático a sua muleta, você pode, e deve, saber andar sem ele.
06.   nunca faça perguntas fechadas do tipo “sim”, ou “não”
07.   jamais faça perguntas que dependam de voluntários para responder
08.   evite distribuir o tempo em: explicar, fazer exercícios e correção (esse é o modelo clássico da  “decoreba”.
- Nota 10: Elementos que fazem com que uma aula dê certo,  é  quando o professor:
01.   elabora a aula adequando-a ao linguajar e expectativas do aluno
02.   promove e estimula a interação dos alunos com perguntas abertas e contextualizadas às vivências dos alunos
03.   mostra paixão e vibração em suas aulas
04.   diversifica as estratégias de ensino e sempre está testando novas práticas de ensino
05.   traz o mundo para dentro da sala de aula por meio de jornais, debates, noticiários, músicas, assuntos polêmicos, assuntos inovadores, etc.
06.   faz com que o conhecimento da sala de aula tem sentido no mundo fora dela, para que os alunos possam assim, compreender o sentido de estarem aprendendo aquilo
07.   tem sempre um plano “B” para quando o vídeo, ou DVD não funcionar
08.   mostra-se sempre criativo e proativo em todas as situações
09.   tem senso de humor o bastante para rir de si mesmo e rir junto com os alunos
10.   por meio de todas as suas aulas, tem a convicção de que entregaram algo realmente significativo e que vai tornar a vida daqueles jovens menos difícil
Dê uma olhada no seu plano de aula de amanhã, levante a estrutura que você enquadrou essa aula, selecione os elementos que a compõem e faça os ajustes que achar necessário. 

Foi julgada improcedente a ADIN 4.167 no tocante ao parágrafo 4º do art. 2º da Lei 11.738, que versa sobre a destinação de, no mínimo, 1/3 (um terço) da jornada de trabalho do/a professor/a para a hora aula-atividade, rejeitando, assim, a tese da inconstitucionalidade proposta pelos cinco governadores considerados "Inimigos da Educação, Traidores da Escola Pública".
O que entende-se por isso?
Desta forma, permanece efetiva 1/3 do horário para a elaboração de atividades consideradas como de planejamento, estudo, aprimoramento do profissional.
Diante da improcedência integral do pedido de inconstitucionalidade da Lei 11.738, e à luz dos efeitos jurídicos perpetrados no julgamento sobre a hora aula-atividade, a CNTE orienta seus sindicatos filiados a exigirem dos gestores públicos a aplicação de todos os preceitos da lei  e, nos casos de descumprimento do parágrafo 4ª do art. 2º da Lei 11.738, os mesmos ingressarem com ação judicial para forçar, no curto prazo, o pronunciamento do judiciário local e, posteriormente, a decisão sobre o efeito vinculante na Suprema Corte.
Nesse caso, a Súmula não é vinculante...o que quer dizer que uma outra ação pode ser perpetrada em juízo afastando assim a possibilidade de efeito final da Lei 11.738.
Vale ressaltar, que horário de atividade é claramente entendida como horário dedicado a atividade escolar  extra-classe, cumprido devidamente e justificado, não tendo lógica o que alguns educadores insistem em dizer de forma absurda que por não ter onde abrigar seus professores para  as horas de atividade,estes  deverão   exercer   atividades em casa...Lógica é lógica...
Ainda não desenvolveram um cartão de ponto para que o professor possa realizar suas atividades em casa...E ainda que houvesse, passamos  pela transparência do poder público em que os atos administrativos devem ser exercidos dentro dos princípios de: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Questionar que o professor comprometido trabalha... E MUITO!!!...Isso é a mais pura verdade...Mas atribuir funções"caseiras" remuneradas ...isso ainda não vi...


Sobre a lei  Federal 11.738
§ 4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.

 
Vale ressaltar que agente público que não cumpre as leis, responde por  improbidade administrativa.

O que é uma ADIN ou ADI? (explicando a grosso modo)
É uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, nesse caso a ADIN foi proposta por alguns governadores de estado , já que a legitimação  em juízo deste tipo de ação, é específica de alguns " poderes", com o intuito de considerar a lei ou parte dela como inconstitucional, ou seja, a lei federal instituída em 2008, estaria em desacordo a alguns preceitos constitucionais, e desse modo os "tais" governadores postularam em juízo a sua inconstitucionalidade...tese que foi rejeitada pelo STF por "empate técnico" (5x5). Deve-se considerar, que nesse caso específico, o efeito da decisão proferida atinge mesmo quem não participou da ação...o que chamamos de efeito "erga omnes", que quer dizer que se impõe a todos os homens.

O assunto agora é bullying e cyberbullying, onde  crianças estão sendo vítimas dos  colegas de turma, quer seja no mundo real ou no virtual. Essa temática ganhou força nos ultimos anaos, principalmente  depois de alguns casos de foi expoto à midia. Na minha graduação em 2004, já falavámos e estudavámos o bullying. Logo, apesar que parece, o tema não relativamente novo.
E o que dizer quando é o Professor que torna-se o alvo de cyberbullying pelos próprios alunos ? Quer seja entre crianças, ou com os adultos o fato é que o cyberbullying não é brincadeira, é crime, e deve ser tratado como tal.
Infelizmente o cyberbullying contra Professores está sendo amplamente praticado na internet. Os alunos criam comunidades dedicadas exclusivamente a fazer chacota, difamar e humilhar os Professores, que sequer suspeitam de tais atos contra a sua pessoa.
Outra modalidade de cyberbullying é a criação de “fakes” , que em inglês, quer dizer “falso” , está sendo usado para criar contas ou perfis falsos que ocultam a identidade real do usuário e/ou criador. Como isso é feito ?
O aluno que conhece que o Professor tem Orkut, ou perfil em qualquer rede social, faz a clonagem desse perfil e posta o que bem entende, quer seja da vida pessoal e/ou profissional do Professor, geralmente com fatos falsos que denigrem a imagem e ferem a integridade do Professor.
O Professor, Coordenador, Diretor, e/ou qualquer membro da Equipe também  sofrem esse tipo de abuso cibernético. Os alunos, pelos celulares, tiram fotos e postam difamações na internet e  fazem todo tipo de montagem e clonagem.
A saída é realizar a prevenção para conscientizar os alunos e os pais acerca das conseqüências a que estarão sujeitos caso tal fato ocorra, afinal o cyberbullying está longe de ser uma brincadeira inocente, é considerado crime e passível de penalidade.
Mas, supomos que você descubra que o fato já ocorreu, e que seu nome e sua identidade está sendo alvo de abusos na internet por parte de alunos. A saída neste caso é defender-se, e assim você tem todo o direito de prestar queixa e solicitar sanções penais para os envolvidos.
Se o aluno for menor de 16 anos, os pais serão processados  por injúria, calúnia e difamação. Se o aluno tiver entre 16 e 18 anos ele deverá assumir a responsabilidade juntamente com os pais, se for maior de 18 anos assumirá a responsabilidade total pelos crimes.
Ao prestar queixa em delegacia não esqueça de levar impresso as páginas dos sites e testemunhas do ocorrido, assim você terá a prova documentada para fundamentar sua queixa.
Essas medidas podem parecer duras, porém é preciso que os jovens sintam o peso das conseqüências de seus atos, só assim serão inibidos a não praticarem o errado, atacando a integridade de outras pessoas.
Uma outra medida é antes de prestar a queixa, chamar os pais, juntamente com o aluno e apresentar as provas das difamações, informar a respeito das conseqüências caso o site/perfil, etc, não forem retirados da internet imediatamente.

Rosely Brito

Se o seu líder, aqui leia-se Coordenador, Diretor, Gestor, Supervisor, etc, for uma pessoa equilibrada, justa, competente, controlada, educada e aberto a ouvir opiniões, não teme em realizar inovações, está sempre atento a novas ferramentas e estratégias para melhorar a qualidade do trabalho dos Professores e o rendimento dos alunos, então você não precisa continuar lendo este artigo. Parabéns você tem o Líder dos sonhos de qualquer empresa.
Agora, se você estiver pensando “ ah que bom seria se o meu líder fosse assim”, então este artigo é para você.
Se o seu líder não é do tipo descrito acima, então provavelmente ele se encaixará em um dos dois tipos restantes: incompetente ou imaturo.
O líder é incompetente quando não tem o preparo técnico para desempenhar suas funções adequadamente. É o tipo da pessoa que acha que o que já sabe já está bom, não se preocupa em atualizar-se ou participar de treinamentos para a sua educação continuada. Não é adepto de mudanças e inovações. Sempre coloca defeito no trabalho dos outros e nunca está aberto a novas idéias e muito menos a ouvir opiniões que possam melhorar o trabalho.
Faço um alerta que incompetência é diferente de ignorância. Podemos ignorar vários assuntos de várias áreas, até porque não é possível conhecer tudo, assim sendo podemos dizer que uma pessoa pode ignorar o que seja física quântica, porém se esta pessoa receber as informações pertinentes a esta área, bem como realizar cursos e estudos com certeza ela estará apta a responder em um determinado nível de aprofundamento, o que seja a física quântica.
A pessoa incompetente sabe determinado assunto, porém não se esforça para atingir a excelência no que faz, assim o seu desempenho é sempre medíocre.
Já o líder imaturo não apresenta as competências e/ou habilidades no relacionamento interpessoal, sendo assim não sabe gerir as pessoas pois não as vê como tal, e sim como meros instrumentos que devem apenas cumprir ordens e realizar tarefas. Geralmente é o tipo de líder que ou é autoritário com a equipe ou então é negligente, beirando a indiferença com todos.
Este tipo de líder não sabe conversar e nem mediar conflitos que ocorrem no ambiente de trabalho, pois está sempre alheio e indiferente às necessidades das pessoas que lidera.
Uma pessoa que age desta forma só traz malefícios para as pessoas que lidera, bem como para a instituição que trabalha, pois ninguém segue quem não admira, ninguém procura dar o seu melhor quando não recebe reconhecimento. Todos perdem ! Mas pior mesmo é quando o líder além de imaturo TAMBÉM é incompetente.
Por que então as instituições ainda mantém esse tipo de “pseudo-líder” ? Digo a você que este tipo de “líder” está com os dias contados, pois a Escola está descobrindo o que quaisquer outras Organizações que prezam qualidade e competência já sabem: Funcionário incompetente compromete os resultados, pois oferece serviços de má qualidade. O setor privado já está consciente disso e o setor público está começando a incorporar uma nova visão de gestão.
Diz o ditado popular: “quem tem competência se estabelece, quem não tem fenece” , sendo assim os “pseudo-líderes” serão destituídos do cargo e terão que dar passagem para um novo tipo de Líder, que terá como uma das características do seu perfil a proatividade e a competência
Se no seu local de trabalho você convive com um “pseudo-líder” avalie o seguinte: se a pessoa mostra-se disposta a aprender então é possível que haja mudanças a médio prazo, porém se é uma pessoa intransigente, está mais interessada no cargo que nas responsabilidades então é muito improvável que esta pessoa não vá mudar e sendo assim é melhor que você mude de local de trabalho.
Lembre-se de uma coisa: ninguém obriga o outro a crescer ou aprimorar-se, isso é algo intrínseco de cada um conforme sua visão de mundo, de pessoa, de projeto de vida, de competência e excelência. Pessoas medíocres criam instituições medíocres e instituições medíocres morrem.


Por Rosely Brito

É sabido que cabe a família ensinar valores, boas maneiras, oferecer um ambiente adequado do ponto de vista material, emocional , moral e psicológico. No entanto cada vez mais a geração anterior transmite cada vez menos para a geração seguinte. Afinal ninguém pode dar o que não tem, e também não pode ensinar o que não aprendeu.
Infelizmente, o reflexo desta situação é visível na nossa sociedade e principalmente dentro das nossas salas de aula. São alunos que tratam os Professores de modo abusivo e desrespeitoso utilizando linguajar rude e ofensivo, e até, em muitos casos, partindo para a agressão física.
Mas, o que dizer quando somos tratados desse modo pelos próprios Pais ? Quando somos desrespeitados por uma criança ou adolescente já é por demais desgastante, o que dizer então quando é o próprio adulto, o responsável por esse aluno, a usar de sua autoridade (?) de pai/mãe e achar que pode desrespeitar e agredir um Professor ?
Adultos que agem desta forma chamo de pessoas tóxicas, pois contaminam o ambiente onde estão e infelizmente, se não forem chamadas a razão contaminam quem estiver a sua volta também. Isso é algo danoso, principalmente em uma Reunião de Pais. Quando o bimestre termina, muitos Professores já se consomem em pensar ter de lidar com esses pais “tóxicos”.
Por isso aqui vão algumas situações que esses pais criam e como contorná-las ou resolvê-las:
01. Pai chega antes da reunião começar e quer ser atendido naquele momento, pois tem um compromisso urgente e não pode ficar para a Reunião
Sugestão: Professor informa que tem uma pauta a cumprir, assim não será possível fazer uma reunião individual naquele momento, porém verificará durante a semana qual o dia e horário em que poderá disponibilizar para este atendimento e avisará o Pai/Mãe.
02. Pai fica instigando outros Pais durante a reunião para também fazerem reclamações.
Sugestão 1: Coloque a Pauta da Reunião no Quadro Negro e disponibilize um momento para perguntas, ou então esclareça que cada um terá um momento individual para fazer as colocações que precisarem.
Sugestão 2: Quando o Pai que está tumultuando começar a fazer as reclamações, corte no mesmo instante dizendo “ Por favor, aguarde que quando conversarmos em particular podemos abordar este assunto” ou ainda “ como não cabe a mim resolver esta questão, depois anotarei suas sugestões e enviarei a Coordenação que posteriormente lhe dará um retorno”.
03. Pai contesta tudo o que o Professor diz, testando a paciência do Professor
Sugestão: O Professor deve manter-se calmo e controlado e sugerir ao Pai o seguinte “ Já que o senhor/senhora apresenta muitas dúvidas referente a muitos assuntos, é melhor que seja agendado um horário fora desta reunião para esclarecermos estas questões”, ou ainda “ As respostas para estas questões já foram abordadas em reuniões anteriores, como observei que o senhor não compareceu, ficarei feliz em agendar um outro horário para esclarecer”.
04. Pai que esbraveja e se nega a falar com Professor, só aceita falar com o Diretor ou Coordenador, demonstrando que o Professor não tem o preparo para resolver.
Sugestão: O Professor deve permanecer calmo, olhar fixamente para o pai e dizer educadamente “ Como o senhor está alterado no momento, deixaremos para resolver esta questão em outra hora, com sua licença “, vire as costas e atenda outro Pai, ou ainda “ Este assunto quem responde sou eu, no entanto como o senhor está alterado no momento, agendarei uma data para conversarmos, se após a nossa conversa o senhor ainda achar que o assunto não foi solucionado então levarei o caso até a Coordenação”.
05. Pai leva a criança, e na frente do filho desautoriza as ações do Professor, fazendo-o passar por incompetente.
Sugestão : Corte logo a fala do pai com a seguinte frase: “ Não é adequado fazer essas colocações na frente do seu filho, assim, sugiro conversarmos outra hora a sós, onde poderei esclarecer todos os fatos. Terça feira às 10 horas está bom para a senhora? ”
06. Pai que usa a Reunião para expor o problema do filho e mostrar seu descontentamento com o Professor, atribuindo-lhe toda a responsabilidade da questão.
Sugestão: O Professor deve deixar claro logo no início da Reunião de Pais que a reunião tratará do rendimento escolar do aluno, e que questões particulares envolvendo indisciplina, comportamento, etc deverão ser tratadas individualmente em outro dia e horário, bastando para isso que o pai faça o agendamento com o Professor e/ou Coordenação.
Tomando esta precaução o Professor não deixa abertura para que determinados Pais monopolizem a Reunião com os seus problemas particulares, dando assim a todos, a chance de participarem.
07. Pai que chega atrasado na Reunião e quer passar na frente de todos, e toma todo o tempo da Reunião
Sugestão: Logo no início da Reunião deixe claro que o atendimento individual obedecerá a ordem de chegada. Assim se você tem 35 alunos, faça cartões numerados de 1 a 35 e vá entregando para cada pai que entrar na sala. Desta forma fica justo o atendimento, pois o Professor está apenas seguindo a ordem. Se o pai insistir, sugira que ele agende outro horário.
08. Pai que ao ouvir algum comentário negativo do filho, logo vem com quatro pedras na mão usando de alegações depreciativas ou infundadas para com o Professor, pois não aceita que o filho seja chamado a atenção.
Sugestão: Quanto as alegações depreciativas você pode responder com a seguinte frase: “ Estou lhe tratando educadamente, assim não há motivos para que eu seja tratada com desrespeito, quando a senhora se acalmar e desejar pedir desculpas, ficarei feliz em agendar um horário para conversarmos”.
Quanto as alegações infundadas a frase ideal é: “ Como a senhora está levantando acusações muito graves, o ideal é em outro momento reunirmos todos os envolvidos para confrontarmos essas afirmações “ . Dito isso você pode sugerir um dia e horário, ou verificar junto a Coordenação e depois informar para os pais.
09. Pai que usa a Reunião para fazer comparações entre a Professora atual e a Professora anterior.
É mais comum do que se imagina os Pais lançarem farpas durante uma Reunião para desestabilizar o equilíbrio e a harmonia do ambiente, geralmente fazem isso atacando a competência do Professor fazendo comparações com outros Professores.
Sugestão 1: A saída mais elegante e incisiva é concordar e discorrer sobre as suas credenciais profissionais. “ De fato, a senhora tem razão a Professora Joana é muito competente e experiente. Sendo assim, é meu dever relatar um pouco da minha trajetória profissional para que vocês possam conhecer-me melhor e o tipo de trabalho que desenvolvo com os alunos “
Sugestão 2: Levar para a reunião dinâmicas visando trabalhar que no mundo não há nenhuma pessoa igual a outra, cada um tem sua individualidade, talentos e jeito de ser. E essa diversidade faz bem, pois nós adultos, as crianças e jovens aprendemos a lidar com situações novas e com isso amadurecemos nos nossos relacionamentos.
Sugestão 3: Mostre aos Pais o Portfólio do aluno com atividades de Antes e Depois . Assim se o Joãozinho estava com dificuldades em Matemática, mostre que você criou algumas abordagens e atividades diferenciadas e o Joãozinho conseguiu superar. Assim os Pais verão que você, assim como a Professora anterior, também se importa e já está ajudando os alunos.
10. Pai que chega quando faltam 5 minutos para a reunião terminar e quer ser atendido de qualquer maneira.
Sugestão: Se você puder atender, deixe claro até que horário você poderá ficar: “ Sr.João, como o senhor chegou no final da reunião, só poderei atender por mais 10 minutos, após este horário tenho compromisso”
Ou ainda “ Sr.João a reunião já está finalizando e não teremos tempo suficiente para conversar, assim sugiro agendarmos nossa conversa para 2ª. feira as 9 horas, tudo bem para o senhor ? “
Lembre-se: jamais aceite ser tratada de forma desrespeitosa por quem quer que seja, jamais, entre no chamado bate-boca com confrontações verbais ou físicas. Educadamente, deixe claro seu desprezo por atitudes desse tipo e recuse-se a ouvir impropérios. Seja por telefone ou pessoalmente ,deixe claro que você só voltará a discutir o assunto  quando todos os envolvidos estiverem calmos e contidos, pois com os ânimos exaltados a conversa nunca é civilizada e o bom senso sempre fica comprometido.

Rosely Brito

Pare um minuto para pensar na seguinte hipótese: Se os seus alunos fossem inquiridos sobre o que acham de você, qual seria a resposta deles? Você acha que eles lhe respeitam ? admiram? ignoram? Consideram você uma (um) tirana (no) ? Acham sua postura digna ? Acham que você é educada (o) ? Os seus alunos acham que a sua opinião tem valor e merece ser ouvida ?

Mas, o que tem a ver saber o que os alunos pensam de você? Em muitos casos  a indisciplina na sala de aula está associada a imagem que os alunos fazem do Professor.

Se algumas das respostas encontradas foram negativas, então você tem um sério problema de relacionamento interpessoal com os seus alunos. Isso ocorre quando o relacionamento ocorre de forma  unilateral, ou seja, apenas um dos envolvidos tem a primazia sempre.

Isso ocorre também o aluno vê falta de integridade e congruência na fala e no comportamento do Professor, quando isso acontece,  tenha certeza, o caminho estará aberto a indisciplina na sala de aula. Afinal quem respeitará um Professor que pede silêncio gritando ? Ou que pede para que o aluno seja justo, quando esse mesmo Professor se utiliza de ameaças e intimidações ?

O bom relacionamento é uma mão de duas vias, ou seja, implica que  ambos saibam ouvir, falar, argumentar para que possam  chegar a um consenso ideal na resolução de qualquer questão. Neste tipo de relação ambos conseguem crescer, pois amadurecem tendo de lidar com conflitos e situações limite no dia a dia.
Agora, como isso ocorre no dia a dia da sala de aula e dentro da Escola como um todo? Bem, o Professor precisa sair de uma postura rígida, autoritária e atuar mais como um líder usando de autoridade para gerir o processo pedagógico.


Rosely Brito

Visualize agora a sua turma e responda rápido: você tem alunos com dificuldades ou com problemas de aprendizagem ? ! Se você ficou na dúvida, não se desespere, é compreensível , afinal com tantas nomenclaturas e  definições controversas fica difícil  encontrar o significado coerente para o termo.
Simplificando seria assim: um aluno com desordem neurológica ou psiquiátrica seguramente terá dificuldades para aprender qualquer coisa e consequentemente apresentará também problemas de aprendizagem em tudo o que for proposto. Já um aluno dito “normal” poderá ter problemas com a tabuada, pois não conseguiu elaborar corretamente o conceito da multiplicação, porém, se forem feitas as devidas intervenções pedagógicas esse mesmo aluno conseguirá superar este problema e seguirá adiante no que for ensinado.
Percebeu a diferença ? Um problema de aprendizagem é temporário, já uma dificuldade de aprendizado é duradoura.
Na Escola encontraremos alunos com Deficiência Intelectual (capacidade intelectual inferior à média) , que apresentam dificuldade de aprendizado e alunos com problemas de aprendizado  nos mais variados conteúdos.
O fato é que em uma turma de 40 alunos, existem 40 indivíduos com ritmos, interesses e  fisiologia distintos uns dos outros e portanto, jeitos diferentes de aprender. Esses “jeitos diferentes de aprender” são também conhecidos como Estilos de Aprendizagem que nada mais são que o modo como esse indivíduo se comporta enquanto está aprendendo .
Os estilos de Aprendizagem são:
- Cinestésico:  quando se utiliza da expressão corporal e a manipulação  de objetos
- Visual: quando é utilizado textos, livros, gráficos, fotos, diagramas, desenhos, provas escritas
- Auditivo: quando é utilizado fala, sons e  músicas
Encare do seguinte modo, ao adotar um determinado estilo de aprendizagem estou escolhendo a melhor forma de processar o conhecimento novo que estou recebendo. Assim ao conhecer o estilo de uma pessoa você saberá qual será a forma mais fácil e a mais difícil dela processar qualquer conhecimento.
Na Escola somos cobrados dentro de um único estilo: o Visual, assim todos os alunos que se enquadram neste estilo, seguramente tirarão excelentes notas. Já os alunos “cinestésicos” e “auditivos” terão os tão conhecidos problemas de aprendizagem.
Já estou até vendo você perguntando: “Como então trabalhar na mesma sala com os dois grupos” ? Fazendo, conforme diz Perrenoud,  a “diferenciação pedagógica”. Ou seja, elaborar atividades que contemple os três estilos de aprendizagem. Pegando o exemplo da tabuada, o Professor pode ensinar a multiplicação cantando, criando jogos com a manipulação de objetos,  utilizando exercícios escritos, jogos de computador.
E os alunos com deficiência intelectual? Também serão beneficiados com a diferenciação pedagógica, já que não se sentirão discriminados pois estarão realizando atividades com diferentes graus de desafio.
Como levantar os estilos de aprendizagem dos meus alunos ? Observe no dia a dia na hora da execução das tarefas, quais são os momentos, ou em quais atividades determinados alunos mostram-se mais eficientes em realizar a tarefa dada.
Quando um conteúdo novo é apenas explicado quantos de fato conseguem compreender o que foi ensinado. Ao ajustar esse mesmo conteúdo e apresentar dentro de outro estilo de aprendizagem quantos alunos conseguem compreender ?    Anote esses dados e faça o mapeamento da sua turma, você ficará surpresa com os resultados.
Elaborar aulas levando em conta os estilos de aprendizagem e criar atividades diferenciadas  dá trabalho ?  A minha resposta é: Muito mais trabalho dá, ter de lidar com problemas de aprendizagem, pois tanto  o aluno quanto o  professor ficam frustrados, extenuados e desmotivados, o que acaba gerando uma carga emocional negativa com todo o grupo.
Já com o uso da diferenciação pedagógica, respeitando os diferentes estilos de aprendizagem do grupo, as aulas transcorrem de modo mais vibrante, em constante movimento de trabalho e alegria. Afinal, desta forma,  todos se vêem como capazes e inteligentes.
Lembre-se, ao trabalhar dentro de um único estilo o professor acaba favorecendo o aparecimento dos problemas de aprendizagem.

Rosely Brito


Você já tomou conhecimento de 10 Regras Gerais que fazem a diferença no gerenciamento da sala de aula. As Regras Gerais fornecem direções seguras para você melhorar o relacionamento Professor/Aluno e Professor/Pais, bem como possibilitam trabalhar de um modo preventivo contra as possíveis atitudes de rebeldia,indisciplina e confronto com os alunos.
Recapitulando as 10 Regras Gerais vistas até agora:
 

01. Crie, por escrito, os objetivos e expectativas que você tem para a turma,
02. Seja consistente em tudo que disser ou fizer,
03. Seja paciente com você mesma e principalmente com os alunos,
04. Transforme os Pais em seus aliados. Comunique-se mais com eles,
05. Evite falar demais e se alongar nas explicações,
06. Organize o tempo da aula em três blocos diferentes de atividades,
07. Comece e termine a aula dentro do tempo estabelecido, não `enrole `,
08. Tenha atividades planejadas para manter TODOS os alunos ocupados,
09. Discipline e corrija individualmente, jamais faça isso em público,
10. Mantenha sempre a perspectiva e o bom humor para cada situação

Aplicar as Regras Gerais no dia a dia da sala, envolve muita persistência e paciência por parte do Professor, haverá momentos de frustração, fadiga e até o velho sentimento de fracasso rondando a sua sala, porém, são para esses momentos que a Regra Geral no. 11 entrará em ação: Saiba quando pedir ajuda !!!!

Lembre-se você não está sozinha/sozinho, você faz parte de uma Equipe. Você tem que contar com o apoio dos colegas Professores da Escola, da Coordenação, do Diretor, dos Pais. Ainda também pode contar com o auxílio dos Livros, da Internet, dos Cursos, de Aconselhamento, de Coach, enfim, há uma série de recursos.

Pedir ajuda também requer antes de tudo humildade. Reconhecer que não somos detentores da verdade, por isso temos que compartilhar o que sabemos e o que precisamos, só assim receberemos ajuda que pode vir de lugares onde você menos espera.

Jamais se feche para as possibilidades de receber ajuda. É uma pena quando ouvimos comentários do tipo: “ só vou fazer curso se a escola pagar “ , “ só vou se tiver certificado”, “ só faço se me pagarem hora extra”, “ mais um treinamento que não serve de nada” .

Saiba que ao pedir ajuda você abre possibilidades de crescer de mudar de tamanho e quando isso acontece podemos contribuir com muito mais para o mundo em que vivemos e fazer muito mais pelos nossos alunos. Por isso não se contente em ficar do mesmo tamanho por muito tempo, desafie-se e não tenha medo de pedir ajuda.

Rosely Brito